Ofensiva

Mais de 130 membros do Estado Islâmico morrem em batalha na Síria

Mortes aconteceram durante combates em Manbij; ofensiva pretende bloquear rota de abastecimento do EI; em 10 dias de combates e ataques da coalizão, 132 jihadistas do Estado Islâmico e 21 membros das FDS morreram, segundo o OSDH

Atualizada em 11/10/2022 às 12h47

Síria - Mais de 130 jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) morreram defendendo Manbij, um de seus redutos no norte da Síria, onde enfrentam uma grande ofensiva, afirmou uma ONG ontem.

Além disso, 30 civis morreram nos bombardeios em massa da aviação da coalizão antijihadista liderada pelos Estados Unidos, declarou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Com o apoio aéreo da coalizão, os combatentes árabe-curdos das Forças Democráticas Sírias (FDS), que lançaram a ofensiva de Manbij em 31 de maio, avançaram a oeste a partir do rio Eufrates e já cercaram praticamente toda a cidade.

Ontem, as FDS avançaram pela principal rota que une a estrada oeste de Manbij ao resto da província de Aleppo, segundo o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

Posições

Um comunicado do centro de operações das FDS indicou que os combatentes já estavam próximos o bastante para bombardear as posições do EI na cidade. Antes do início do conflito na Síria, em 2011, Manbij tinha 120 mil habitantes. A população atual da cidade é de 20 mil habitantes.

Em 10 dias de combates e ataques da coalizão, 132 jihadistas do EI e 21 membros das FDS morreram, segundo o OSDH.

A ofensiva contra Manbij pretende bloquear a rota de abastecimento do EI que parte de Yarabulus, na fronteira com a Turquia, ao sul e depois ao leste, não muito longe do Eufrates, através da localidade de Tabqa, para chegar a Raqa, capital de fato do grupo jihadista.

Na quarta-feira, um porta-voz do departamento americano de Defesa anunciou que o ataque final sobre Manbij, controlada pelo EI desde 2014, será realizado nos próximos dias.

Templo destruído

Membros do Estado Islâmico divulgaram um vídeo mostrando a explosão de um templo de 3 mil anos em Nimrod, cidade assíria do norte no Iraque, seu ataque mais recente a um dos maiores tesouros arqueológicos e culturais do mundo.

A Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou, em um comunicado emitido na noite de quarta-feira, que imagens de satélite mostraram "danos extensos na entrada principal" do templo de Nabu, o deus da sabedoria babilônio.

Nimrod é uma cidade assíria do século 13 localizada 30 quilômetros ao norte da cidade moderna de Mosul, que os militantes do Estado Islâmico ocuparam em junho de 2014. A data do vídeo do grupo sunita extremista não está clara, e a Reuters não conseguiu verificar sua autenticidade de maneira independente.

A filmagem também mostra escavadeiras derrubando o antigo Portão de Nergal, parte do muro da cidade histórica de Nínive, em Mosul, como foi relatado no início deste ano.

No vídeo, um homem de barba disse que a destruição pretende evitar que os muçulmanos voltem à idolatria. O grupo considera toda a cultura pré-islâmica pagã, assim como qualquer religião diferente de sua interpretação radical do islamismo sunita.

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