Indignação

Donos de radiolas de reggae pedem mais segurança

Homens armados roubaram a renda de um evento de reggae, ação que terminou com dois mortos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h47

Donos de radiolas de reggae e produtores de eventos do tipo pedirão mais segurança em eventos ao Governo do Estado. Uma audiência foi agendada com o governador para tratar do assunto. Na madrugada do dia 5, o DJ Alexsandro foi baleado na cabeça durante um assalto ocorrido no município de Humberto de Campos. Uma manifestação referente ao ocorrido acontece hoje, na Praça da Bíblia, no Centro, às 15h.

Na ocasião, quatro homens encapuzados chegaram ao povoado Onça em dois veículos, uma motocicleta e uma Frontier prata. Eles foram até o bar Toca da Onça, onde acontecia o evento. Um dos criminosos entrou e foi ao caixa, onde anunciou o assalto.

Os criminosos atiraram em várias pessoas. Os mortos foram o organizador de eventos Domingos Carlos Furtado, de 49 anos, e o DJ Alexsandro, o Predador, proprietário da radiola Irei Fm Vip Show, de São Luís, que tocava no festejo. As outras pessoas baleadas foram Emanuel Fernando Batista de Sousa, de 41 anos, com um tiro na cabeça; Celso Ricardo dos Santos, de 22 anos; Antônio Willian dos Santos e Santos, de 28 anos; Ednaldo dos Anjos Sousa, de 38 anos; Hélio Gomes Bruzaca, de 22 anos; e Arivaldo de Sousa Machado, de 35 anos.

Indignação
O assalto e a forma como tudo terminou deixou perplexos os companheiros de profissão e meio cultural do DJ Alexsandro. O DJ Jorge Black contou que o reforço na segurança é uma demanda antiga da classe do reggae. A morte do DJ trouxe à tona toda a violência que cerca os eventos do tipo.

Ele lembra ainda que o assassinato remete à morte do regueiro Luís Cândido Soares Martins, o “Luzico da Itamaraty”, em 2013. Dois homens tentaram assaltar Luzico no povoado Providência, em Rosário. Eles não conseguiram roubar o lucro da festa de reggae, mas o assassinaram.
Diante de uma segunda grande perda, os produtores, donos de radiolas e DJs querem mais segurança para que nenhuma morte a mais ocorra nos eventos de reggae.

O DJ Waldiney Silva frisou que a insegurança é uma realidade presente na vida dos produtores e DJs, hoje. “A profissão não é fácil. Passamos por situações que muitas vezes terminam de forma trágica. Um dos principais motivos que finalizei o Projeto Mega Vibes foi esse: a violência”, descreveu em relato na Internet.

Sobre o caso de Humberto de Campos, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-MA) informou, em nota, que as forças policiais estão em busca dos três suspeitos de terem realizado o assalto ao bar Toca da Onça, no povoado Onça. A polícia não descarta a participação de alguém no interior da festa como informante.

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