Emergência

Temer manda FAB disponibilizar aviões para transporte de órgãos

Segundo ''O Globo'', sistema de transplantes sofre com falta de transporte; presidente interino disse que nova regra incluirá transporte de pacientes

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48

Brasília - O presidente em exercício, Michel Temer, anunciou ontem, em um pronunciamento no Palácio do Planalto, ter ordenado que a Aeronáutica mantenha permanentemente à disposição um jato da Força Aérea Brasileira (FAB) para atuar no transporte de órgãos e tecidos para transplantes.

Na declaração, Temer fez referência à reportagem publicada domingo,5, pelo jornal "O Globo" que informou que não havia jato da FAB para o transporte de emergência de órgãos para um transplante.

A publicação fez um relato da rotina de dificuldades de equipes médicas do país para viabilizar o transporte aéreo de órgãos e tecidos doados para salvar a vida de pessoas que aguardam na fila de transplantes.

"Assinei um decreto, que será publicado amanhã [terça], onde se determina à Aeronáutica que se matenha permanentemente um avião no solo à disposição para qualquer chamado para transporte desses órgãos. Ou ainda, se for para transportar aquele paciente para o local onde está órgão ou tecido, que assim também se faça", anunciou Temer em pronunciamento no Planalto.

Nos últimos dias, o uso de um avião da FAB pelo advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, causou desgaste ao governo Temer.

“ Carteirada”

Segundo o jornal “O Globo”, Medina Osório tentou embarcar, no dia 1º de junho, para Curitiba, na Base Aérea, e teve o pedido negado pela FAB. Diante da negativa, o chefe da AGU teria dado uma “carteirada” nos oficiais da Aeronáutica, dizendo ter status de ministro de Estado – no governo Temer, o advogado-geral da União perdeu essa condição.

Em nota divulgada no último domingo (5), a FAB negou a ocorrência de incidentes no uso do jato pelo advogado-geral da União. Segundo a nota da FAB, o “atendimento seguiu todos os procedimentos formais e legais” e o voo a Curitiba transcorreu “sem qualquer tipo de anormalidade”.

O episódio teria contrariado Temer, que chegou a discutir, em uma reunião com os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), a eventual demissão do advogado-geral da União. No fim das contas, segundo apurou o G1, o presidente em exercício avaliou que o desgaste sofrido por Osório Medina não era grave o suficiente para que tivesse que deixar a chefia da AGU.

Na tarde desta segunda, Temer se reuniu com Osório para tratar do episódio e informá-lo sobre a permanência no cargo.

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