Durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, que aconteceu de 30 de abril a 20 de maio, São Luís superou a meta de imunizar 80% da população incluída no chamado grupo de risco. No país, a campanha foi prorrogada até o dia 10, porque muitas cidades não cumpriram a meta proposta pelo Ministério da Saúde. Em São Luís, como sobraram doses da vacina, os postos de saúde continuam imunizando a população. No entanto, segundo a Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Sanitária de São Luís, a prioridade continua sendo o grupo de risco.
Em São Luís, segundo Teresinha Lôbo, superintendente de Vigilância Epidemiológica e Sanitária de São Luís, não houve prorrogação da campanha, mas as unidades de saúde continuam atendendo. “Enquanto houver doses disponíveis nos postos de saúde, nós vamos continuar vacinando, mas como superamos a meta de vacinação, não temos grande quantidade de doses sobrando. Por isso, a nossa prioridade continua sendo as pessoas dos grupos de risco”, afirmou.
Vacinados
Em São Luís, 80 mil pessoas deveriam ser vacinadas contra a gripe H1N1, mas, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semus), 201 mil doses da vacina foram aplicadas na capital. No entanto, quem não se conseguiu se vacinar durante a campanha está aproveitando ainda haver doses disponíveis nos postos de saúde para se prevenir contra a doença. “Eu sou hipertenso e estava em tratamento médico. Só agora meu médico me liberou para que eu tomasse a vacina”, informou José Carlos Costa, 52 anos.
Por ter uma doença crônica – hipertensão -, ele faz parte da população do chamado grupo de risco, que tem que vacinar anualmente. No caso de doentes crônicos, é preciso consultar um médico para que ele avalie se o paciente pode ser vacinado e lhe dê um laudo que deve ser apresentado no posto de vacinação.
Além de doentes crônicos, devem se vacinar idosos (a partir dos 60 anos), crianças de seis meses a menores de 5 anos, gestantes e puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), trabalhadores da saúde, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.
A vacina protege contra os vírus H1N1, H3N2 e influenza B. A Semus destaca que a vacina é segura e não apresenta reações. Apenas aqueles que têm alergia a ovo ou com quadro febril não devem ser vacinados. Foi o que aconteceu com o pequeno João Luís, de 1 ano. “Durante a campanha, ele teve febre e precisou ficar internado. Por isso, só está vacinando agora”, contou Ângela de Oliveira, mãe da criança.
O objetivo da vacinação é reduzir as complicações e as internações decorrentes das síndromes respiratórias na população-alvo da campanha, como gestantes, idosos e pessoas com comorbidades (quando elas têm dois ou mais problemas de saúde), que possuem riscos maiores de adoecerem.
NÚMERO
201 mil pessoas foram vacinadas em São Luís
SAIBA MAIS
O que é a gripe H1N1?
É uma gripe do tipo A causada pelo vírus H1N1, que circula entre humanos. Ele foi detectado no México, em abril de 2009, e se disseminou rapidamente, causando uma pandemia mundial chamada, na época, de gripe suína.
Como ela é contraída?
Quando se inala secreções do doente ao falar, espirrar ou tossir e quando há contato com superfícies infectadas, como maçanetas ou talheres.
Quais são os sintomas?
Os mesmos da gripe normal, porém mais fortes: febre alta, tosse, dor muscular, dor de cabeça e de garganta, coriza e irritação nos olhos e ouvidos. Também pode provocar falta de ar e dor no tórax.
Como se prevenir?
A vacinação é a melhor maneira, mesmo não sendo 100% eficaz. Além disso, evite levar a mão aos olhos, ao nariz e à boca, lave sempre as mãos com sabão ou álcool e cubra a boca quando for tossir ou espirrar.
Como funciona o tratamento?
O doente deve repousar, beber muito líquido e evitar álcool e cigarro. Medicamentos como o paracetamol (Tylenol) podem ser usados para combater febre e dores. Em casos graves ou grupos de risco (idosos, crianças, grávidas, asmáticos, entre outros), pode ser recomendado antiviral, como o oseltamivir (Tamiflu), vendido com receita médica.
Qual é a diferença entre o H1N1 e os outros vírus da gripe?
O H1N1 tem mais chances de causar complicações como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente em pessoas de maior risco.
Saiba Mais
- Baixa procura por vacina contra a gripe preocupa especialistas
- Crianças que perderam prazo serão vacinadas contra H1N1 em São Luís
- Covid: laboratórios da Índia asseguram fornecimento de vacinas e aliviam o Brasil
- Butantan vai exportar vacinas contra a gripe para países asiáticos
- Mais de 40 mil pessoas não se vacinaram contra influenza em São Luís
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.