Professores de São Luís

Justiça determina fim de greve, mas sindicato se nega a recuar

Desembargador estipula multa diária de R$ 10 mil para descumprimento da ordem, mas Sindeducação segue com atos e deputado cobra solução

OESTADOMA.COM

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48
Professores iniciaram a greve com uma caminhada até a sede até Prefeitura de São Luís
Professores iniciaram a greve com uma caminhada até a sede até Prefeitura de São Luís (PROFESSORES GREVE )

SÃO LUÍS – Iniciada na quarta-feira (25), a greve dos professores municipais de São Luís começa a ganhar novos desdobramentos. Na última segunda-feira (30), os grevistas fizeram uma espécie de blitz na porta das escolas para fortalecer o movimento. Nesta terça-feira, o desembargador Lourival Serejo, do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), determinou a suspensão da greve com multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento da determinação. Em entrevista do G1, a representante do sindicato da categoria afirmou que os docentes não voltam às salas de aula. Na Assembleia Legislativa, o deputado Eduardo Braide (PTN) cobrou o prefeito Edivaldo Holanda (PDT).

Os professores iniciaram o movimento com uma caminhada até a sede do executivo municipal e cobram reajuste de 11,36% e melhorias nas condições de trabalho. Já a Secretaria Municipal de Saúde afirma que tem mantido o diálogo com o sindicato e vem se esforçando para atender às demandas da categoria. Porém afirma que propõe apenas 10,67% de reajuste. E com o impasse os alunos seguem sem aula.

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“Precisamos mobilizar a sociedade em nosso favor, pois esse movimento grevista é por uma educação pública de qualidade. Nós sabemos que milhares de alunos precisam estudar, mas pensamos também nos espaços que eles estão inseridos. Como desenvolver suas atividades em locais que não tem a mínima condição de funcionamento? O prefeito precisa acordar de vez para esse cenário educacional”, disse a presidente do Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Pública Municipal de São Luís (Sindeducação), em entrevista ao site da entidade.

Nesta quarta-feira (1º), os grevistas vão realizar um ato em frente a UEB Alberto Pinheiro, escola, que fica no Centro, e segue fechada há cinco anos para uma reforma.

Determinação judicial e cobrança.

O desembargador Lourival Serejo determinou a suspensão da greve. Por meio de liminar, Serejo pede o retorno dos docentes e estipula multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento da ordem. Já na Assembleia, o deputado Eduardo Braide (PMN) defendeu, na sessão desta segunda-feira (30), que a situação das escolas municipais e dos professores de São Luís precisa ser resolvida com urgência para evitar mais prejuízos à comunidade escolar.

Os docentes reivindicam principalmente o repasse, de forma integral, do aumento de 11,36% (garantido em acordo com os trabalhadores por meio da Lei nº 5.877).

Ao longo das negociações, o governo apresentou quatro propostas de reajuste, todas parceladas – sendo a última de 10,67% (5% para o mês de junho retroativo a janeiro e 5,4% para o mês de novembro, sem retroativo).

“Não podemos admitir que o mesmo impasse entre a prefeitura e os professores acabem atrapalhando mais uma vez os alunos de nossa cidade, a exemplo do aconteceu em 2014, quando a greve dos professores durou mais de 100 dias, sem qualquer solução e até hoje causando prejuízo na grade curricular dos estudantes, uma vez que a Lei de Diretrizes e Bases determina o mínimo de 200 dias/aula por ano. Por isso, o problema não é só a questão financeira”, asseverou o parlamentar.



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