São Luís está em uma situação precária em termos de saneamento básico. Entre as 100 maiores cidades brasileiras, a capital maranhense ocupa a 83ª posição, de acordo com o novo "Ranking do Saneamento nas 100 Maiores Cidades" publicado pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a GO Associados.
A cidade oferece serviços de água tratada a 80,62% dos habitantes, mas apenas 45,5% deles têm acesso à coleta de esgoto; somente 8,07% do esgoto gerado é tratado. O estudo considera os números oficiais do SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico - do Ministério das Cidades - ano base 2014.
A capital é uma das seis grandes cidades que fizeram menos de 1% das ligações faltantes para universalizar o atendimento de água tratada, mas a grande preocupação é reduzir o alto índice de perdas de água no processo de distribuição, resultado de vazamentos, roubos e ligações clandestinas, erros ou falta de medição. Com 63,60% de perdas de água, a capital maranhense está entre as piores do Ranking nesse quesito. O indicador de perdas na distribuição mostra, do volume de água potável produzido, quanto não é efetivamente consumido pela população. A perda média entre as 100 cidades é de 38,34%
Painel - O prazo para que os municípios brasileiros elaborem o Plano de Saneamento Básico foi prorrogado para 31 de dezembro de 2017, conforme o decreto nº 8.629/2015, sancionado pela Presidência da República, no dia 31 de dezembro de 2015. No Maranhão, poucos municípios já se adequaram ao que prevê o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, o que vai ser condição para o acesso a recursos orçamentários da União. O tema está sendo debatido hoje no painel “Saneamento Ambiental no Brasil e sua realidade no Maranhão”, que acontece até 12h, no auditório Fernando Falcão, na Assembleia Legislativa do Maranhão.
O objetivo do evento é traçar uma análise sobre a conjuntura do saneamento no país e, em especial, no estado, em um debate que vai envolver parlamentares maranhenses, gestores públicos e sociedade civil. Na ocasião, serão discutidas as principais dificuldades e entraves dos municípios, bem como exemplificados casos de êxito dentro do estado. A iniciativa é da Federação Maranhense de Consórcios Intermunicipais (Femaci), em parceria com a Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae), a Coordenação Arquidiocesana da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016, a Funasa Nacional e o gabinete do deputado Bira do Pindaré.
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