SÃO LUÍS - A crise no Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle (antiga CGU), que explodiu após o vazamento de ligações nas quais o atual ministro, Fabiano Silveira, critica a condução da Operação Lava Jato pela Procuradoria Geral da República (PGR), chegou ao Maranhão e quase todos os estados do Brasil. O chefe da Transparência, Fiscalização e Controle no Maranhão, Francisco Moreira, entregou o nesta segunda-feira (30) e afirma que só volta quando Silveira foi afastado. Movimento parecido, segundo a imprensa, tem acontecido em 25 estados do país.
Neste domingo (29) foi divulgada gravação do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, em que Fabiano aparece criticando a Lava Jato e aconselhando investigados no caso. A fala ocorreu em reunião em fevereiro entre Fabiano, Machado e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), quando o ministro era membro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Nesta segunda-feira, servidores da pasta organizaram uma manifestação para pedir a saída de Silveira do comando do Ministério da Transparência. No ato, os funcionários da extinta CGU lavaram as escadas do prédio que abriga o órgão de combate à corrupção no governo federal.
A assessoria do chefe da pasta aqui no Maranhão confirmou o afastamento. Em uma circular, o Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical) afirma que os servidores estão entregando “publicamente esses cargos e funções, caso o presidente interino Michel Temer não exonere imediatamente do cargo que exerce”. Michel Temer afirma que vai esperar a repercussão política do caso para se posicionar mas, por enquanto o ministro segue no cargo.
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