Fé católica

Procissões e missa campal marcam o Corpus Christi

Pela manhã, fiéis do Cohatrac, Anil e João de Deus realizaram procissões pelas ruas dos seus bairros; à tarde, sob chuva, centenas de católicos foram à missa campal no Aterro do Bacanga e depois houve procissão luminosa na Beira-Mar

Adriano Martins

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48

A forte chuva que caiu ontem durante a tarde, em São Luís, não desanimou os milhares de fiéis que foram até o Aterro do Bacanga, no Centro, para a missa campal em celebração a Corpus Christi. Desde as 14h, as pessoas começaram a chegar e eram recebidas com cânticos e palavras de boas-vindas dos voluntários. “É uma maravilha estar aqui e poder celebrar o Corpo de Cristo”, relatou Raimunda Souza, que chegou ainda cedo ao local.

A festa do “Corpo e Sangue de Cristo” é um evento tradicional na capital e celebrada em praticamente todas as paróquias da cidade, com missas, procissões e os famosos tapetes, que este ano ficaram um pouco prejudicados por conta das chuvas. Ontem pela manhã, fiéis do Cohatrac, Anil, e João de Deus, por exemplo, realizaram procissões e cortejos pelas ruas dos seus bairros.

Mas, o ponto alto da festa é justamente a missa que reúne todas as igrejas, e que este ano foi realizada, pela segunda vez, no Bacanga.A programação contou com animação e terço da misericórdia precedendo a solene missa presidida pelo arcebispo, dom José Belisário, e concelebrada pelo bispo auxiliar dom Esmeraldo Barreto e clero local.

Depois, foi realizada a procissão luminosa, que percorreu a Avenida Beira-Mar, em direção à Praça Maria Aragão, local em que Dom Belisário concedeu a benção do Santíssimo Sacramento.“Estamos tendo uma resposta muito boa do público e espero que continue crescendo com o passar dos anos”, afirmou o padre Gutemberg Feitosa, vice-reitor do Santuário de São José de Ribamar.

Origem

A expressão Corpus Christi é de origem latina e significa “Corpo de Cristo”. Essa solenidade é realizada sempre na segunda quinta-feira depois do dia de Pentecostes. A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. “Celebrar a ceia eucarística é a celebrar a presença de Jesus em nosso meio”, exemplifica dom José Belisário da Silva, arcebispo de São Luís.

Em 1264, o Papa Urbano IV, através da Bula Papal “Trasnsiturus de hoc mundo”, estendeu a festa para toda a Igreja. A procissão com a hóstia consagrada, conduzida em um ostensório pelas ruas, é datada de 1274. Porém, segundo historiadores, foi na época barroca que a tradição ganhou força.

Neste ano, o Aterro do Bacanga foi escolhido novamente para receber a solenidade de Corpus Christi após o sucesso de 2015. O público e a coordenação do evento ficaram satisfeitos com a infraestrutura do local e os resultados, de um modo geral.

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