Após os últimos ataques a ônibus do Sistema de Transporte Coletivo de São Luís, alguns desses veículos começaram a circular com escolta de viaturas da Polícia Militar (PM). O acompanhamento está sendo realizado principalmente nos pontos finais de mais de 10 comunidades da zona rural da cidade.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão (Sttrema), essas localidades são as mais suscetíveis aos ataques criminosos por causa da dificuldade em fazer o policiamento.

Nesses pontos, assaltos a motoristas, cobradores e fiscais de ônibus ocorrem com frequência. Nos últimos ataques a ônibus na cidade, coletivos que fazem linhas para os bairros da zona rural, como Vila Maranhão e a comunidade do Maracujá, foram alvo dos vândalos, que agiram sob ordens de detentos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. No entan­to, esses coletivos não foram totalmente queimados, como acon­teceu em outros casos.

Policiamento
A escolta policial aos ônibus que estão circulando na zona rural da cidade foi uma exigência feita pelo Sttrema durante reunião realizada na terça-feira, dia 24, com o governador Flávio Dino e a cúpula de Segurança Pública do Estado no Palácio dos Leões (sede do Executivo estadual).

Ontem, o policiamento nos pontos finais de bairros da zona rural já estava reforçado. De acor­do com o coronel Egídio Soares, responsável pelo Comando de Policiamento da Área Metropolitana III (CPAM III), viaturas da Polícia Militar (PM) foram deslocadas para os pontos finais dos ônibus e fazer a escolta deles até o Terminal de Integração do Distrito Industrial, na área do Maracanã.

De acordo com um levantamento feito pelo Sindicato dos Rodoviários, mais de 10 comunidades da zona rural da cidade necessitam de reforço no policiamento nos pontos finais dos ônibus. Entre elas está a região da Vila Maranhão, Maracanã, Quebra-Pote, Juçatuba, Mato Grosso, Santa Bárbara, Cajupari, entre outras.

“Essas são áreas de difícil aces­so e com pouca luminosidade. Os pontos finais ficam muito isolados e no horário em que os traba­lhadores estão nesses locais eles ficam suscetíveis ao crime”, disse Isaías Castelo Branco, presidente do Sttrema.

O líder sindical informou ain­da que a direção do sindicato fará constantes avaliações sobre o reforço policial empregado, com o intuito de saber se a segurança dos rodoviários e passageiros está sendo garantida. Ele afirmou tam­bém que, caso ocorra um no­vo ataque, vai decidir qual medida será tomada, o que inclui o recolhimento total da frota de ônibus ou apenas da linha a que pertence o coletivo atacado.

Mesmo com o reforço no policiamento, muitos motoristas ain­da se sentem inseguros. Um deles é Olavo Ribamar Silva, que contou que por sete vezes foi assaltado enquanto trabalhava, três delas na linha Vila Maranhão, onde atua no momento.

“Nós andamos o tempo todo sobressaltados. Não tem nem pa­­ra onde correr. Pela manhã, tarde ou noite vivemos essa situação. Aqui já foi muito tranquilo, mas atualmente não é mais”, disse o motorista do coletivo.

SAIBA MAIS

Os ataques a ônibus em São Luís começaram na quinta-feira, dia 19. Nesse dia, por volta das 18h30, um ônibus da linha Jardim Tropical sofreu tentativa de depredação e por volta das 19h um veículo da linha Liberdade foi incendiado, em São Luís. O último ataque foi registrado na noite de segunda-feira, dia 23, na comunidade do Maracujá. Foram 16 ônibus atacados ou com tentativas de depredação nesses últimos dias, o que levou ao recolhimento da frota. De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), o prejuízo para as empresas ultrapassa R$ 1 milhão. Por causa desses ataques, homens da Força Nacional de Segurança Pública chegaram na terça-feira, dia 24, para reforçar o patrulhamento na cidade.

Além do reforço no policiamento nos pontos finais localizados na zona rural da cidade, na zona urbana esse policiamento também está sendo incrementado. Na tarde de ontem, O Estado flagrou viaturas da PM nos pontos finais de coletivos que fazem linhas para os bairros Liberdade, Alemanha e Santo Antônio.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.