SÃO LUÍS - O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), realizou nesta terça-feira (24), no Palácio dos Leões, reunião para avaliar as ações de combate aos incêndios criminosos a ônibus na Região Metropolitana de São Luís. Na ocasião, ele afirmou que os envolvidos na onda de violência que tomou conta da capital desde quinta-feira (19) são fruto das desigualdades sociais.
Dino disse que o combate aos incêndios criminosos vai muito além da repressão das forças policiais. De acordo com ele, a situação é complexa e tem raízes profundas em razão das múltiplas injustiças de uma sociedade profundamente desigual do ponto de vista social, que é a causa principal de todas as violências.
“São pequenos grupos inorgânicos, muitas vezes quase células autônomas, que tem como marca o recrutamento muito agudo de jovens, fruto da situação social dos bairros mais pobres. A negação total de direitos, de oportunidades, de cultura, esporte, trabalho, educação, gera uma massa, quase um exército industrial de reserva, para essas quadrilhas”, analisou.
Repressão
Durante a reunião, o secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, fez uma avaliação demonstrando que, até o momento, já foram efetuadas mais de 60 prisões. “Hoje foi apresentado o que faremos nas próximas horas e nos próximos dias de prontidão do sistema para uma repressão qualificada a esses atos de vandalismo”, esclareceu.
Tropas da Força Nacional de Segurança Pública (FNSC) já estão em São Luís desde o início da tarde desta terça-feira (24). Aproximadamente 120 homens vão atuar em conjunto com a Polícia Militar do Maranhão (PM-MA) em pontos estratégicos da capital maranhense para reduzir a criminalidade.
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