Acidente

Egito diz que localizou destroços do avião da EgyptAir no Mediterrâneo

Pertences pessoais e partes do avião A320 foram encontrados 300 quilômetros ao norte da cidade egípcia de Alexandria, disse o porta-voz

Conteúdo Estadão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48
O avião caiu com 66 passageiros e tripulantes a bordo.
O avião caiu com 66 passageiros e tripulantes a bordo. (Modelo do avião da empresa EgyptAir que desapareceu com 66 passageiros a bordo)

O Egito anunciou nesta sexta-feira que localizou partes do avião desaparecido da EgyptAir no leste do Mediterrâneo. A notícia é potencialmente a primeira evidência sólida da aeronave que caiu no mar após fazer manobras bruscas e perder contato com os controladores de voo.

Os destroços incluíam pertences pessoais e partes do avião A320 da Airbus, disse um porta-voz militar no Cairo. Os itens foram encontrados 300 quilômetros ao norte da cidade egípcia de Alexandria, disse o porta-voz.

Não houve ainda confirmação de outros agentes envolvidos nas buscas internacionais dos destroços de que eles foram localizados. O Egito na quinta-feira chegou a dizer que foram encontrados destroços, após o governo grego falar sobre potenciais descobertas, mas depois recuou.

O anúncio desta sexta-feira do Egito ocorre após se intensificarem as operações de busca no Mediterrâneo. A França enviou um avião especial que fez buscas marítimas para se unir a embarcações francesas, gregas e egípcias.

O avião com 66 passageiros e tripulantes a bordo viajava a 37 mil pés de altura quando fez uma manobra brusca, caiu e desapareceu dos radares.

O ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Marc Ayrault, disse nesta sexta-feira que ainda não há pistas para explicar a queda da aeronave. Autoridades egípcias disseram ontem que era mais provável que houvesse ocorrido um atentado terrorista, em vez de um problema técnico, ainda que nenhum grupo extremista tenha reivindicado a ação.

Autoridades egípcias lideram as investigações, com o auxílio de militares franceses. Investigadores da França chegaram ao Cairo para auxiliar os egípcios na busca. A Airbus disse que também colaborava, com o fornecimento de imagens por satélite.

O avião que fazia o voo 804 saiu do Aeroporto Charles de Gaulle, nas proximidades de Paris, às 23h09 (hora local), rumo ao Cairo, mas perdeu contato com os controladores quando já havia entrado 18 quilômetros dentro do espaço aéreo egípcio. A expectativa era de que ele pousasse em cerca de 30 minutos na capital egípcia, mas a tripulação não mais respondeu aos contatos.

O ministro da Defesa grego, Panos Kammenos, disse que a aeronave fez "movimentos bruscos", teve uma perda rápida de altitude e depois desapareceu dos radares. O ministro da Aviação egípcio, Sherif Fathi, disse na quinta-feira no Cairo que um ataque terrorista era "uma possibilidade maior" do que um problema técnico no caso.

O voo aparentemente ocorria em meio a um clima favorável na região. Nos dias anteriores à desaparição, a aeronave havia feito viagens do Cairo para Bruxelas, Túnis e a capital da Eritreia, Asmara, antes de chegar a Paris, segundo o site Flightradar24.

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