Faltando dois dias para o término da campanha da vacinação contra a gripe, muita gente tem que peregrinar para conseguir encontrar a vacina. Hoje pela manhã, OEstadoma.com esteve no Centro de Saúde Amar, no Vicente Fialho, e no Centro de Saúde do Vinhais e, embora ainda não fosse 10h, já não havia mais doses da vacina. No Vinhais, uma funcionária informou que já havia distribuído mais de 100 senhas e que o estoque seria reposto apenas à tarde.

Com dificuldade de locomoção, a servidora pública Vinólia Abreu, de 69 anos, passou pelos dois postos de saúde e recebeu a mesma resposta: a vacina acabou. "Eu vim tentar me vacinar hoje, mas fui em dois postos de saúde e em nenhum dos dois não tinha mais vacina. É complicado porque eu tenho problema no joelho e não posso ficar andando muito. Essa vacina deveria ficar disponível o tempo todo porque faz parte da campanha. São 10h e não tem mais vacina. Isso é absurdo", reclamou. No momento em que a servidora procurava a vacina no Vinhais, outras pessoas também tentavam vacinar os filhos.

Para quem não quer peregrinar nos postos de saúde do município, ligar para as unidades de saúde para saber da disponibilidade da vacina poderia ser uma boa opção. Mas, na tarde de hoje, OEstadoma.com tentou entrar em contato com vários postos de saúde, mas não conseguiu falar com funcionários de quase nenhum deles. Apenas por volta das 16h, uma funcionária do Centro de Saúde do Vinhais atendeu o telefone e informou que, naquele momento, havia vacinas, mas que muitas senhas já haviam sido distribuídas.

OEstadoma.com também tentou entrar em contato com o Centro de Saúde Amar, os centros de Saúde Salomão Fiquene, no Cohatrac, Djalma Marques, no Ipem-Turu, da Liberdade, do Radional, do Turu; unidades mista do Bequimão e do Coroadinho; unidades Saúde da Família Bezerra de Menezes, no São Francisco e do João Paulo. Em todas as tentativas, a reposta foi sempre a mesma: apesar de o telefone tocar insistentemente, ninguém atendeu as ligações.

Campanha de vacinação

Iniciada no dia 30 de abril, a campanha de vacinação contra a gripe será encerrada nesta sexta-feira (20). De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), até ontem, 76,55% do público-alvo da campanha já havia sido imunizado, totalizando 144.914 doses da vacina aplicadas. A meta do Ministério da Saúde, no entanto, é chegar a 80% dos grupos prioritários, que incluem idosos, crianças de 6 meses até 5 anos, grávidas, portadores de doenças crônicas e profissionais de saúde.

Apesar de São Luís estar próxima de alcançar a meta de vacinação, o Maranhão seguia, até segunda-feira (16), com apenas 51,7% do público-alvo imunizado, de acordo com balanço divulgado pelo Ministério da Saúde.

OEstadoma.com entrou em contato com a Semus para saber da dificuldade de encontrar a vacina em alguns postos. Por meio de nota, a secretaria informou que não há falta de vacinas, o que pode ocorrer é o término das doses de uma determinada unidade. Além disso, a Semus informou que, até o momento, não há nenhuma informação do Ministério da Saúde em relação à prorrogação da campanha. Confira a nota na íntegra abaixo:

NOTA

A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) informa que não há falta de vacinas. O que pode ocorrer é o término das doses de uma determinada unidade, porém, a secretaria ressalta que na coordenação de vacinação da Vigilância Sanitária há doses suficientes para suprir a demanda existente na capital maranhense. Sobre a prorrogação do prazo, a Semus informa que ainda não houve nenhuma informação vida do Ministério da Saúde a respeito disso.
A Semus reforça que a vacina não faz parte do calendário normal de vacinas presentes nos postos de saúde e por conta disso reforça que quem ainda não se vacinou e está no grupo prioritário tem que dirigir aos postos de vacinação até a próxima sexta-feira para se imunizar contra a influenza.
Cobertura
Desde o dia 30 de abril, início da campanha, 76,55% do público-alvo já foi imunizado, tendo sido aplicadas 144.914 doses de vacina contra a gripe dentro da capital maranhense. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, no entanto, é chegar ao percentual de 80% dos grupos prioritários.
Os números parciais divulgados pela Semus mostram que a maior adesão à campanha foi por parte das puérperas (mulheres que deram à luz recentemente), com uma cobertura de 105,44%; e entre os trabalhadores da saúde a meta também já foi atingida.

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