Baixo volume

São Luís registra queda de 38% no volume de chuvas

Dados se referem ao índice pluviométrico registrado em 2016, em comparação com a média histórica dos últimos 30 anos; precipitações deverão registrar queda na incidência no próximo mês

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48
Apesar das chuvas que têm atingido a capital, o volume de precipitações teve redução
Apesar das chuvas que têm atingido a capital, o volume de precipitações teve redução (Chuva)

Apesar do tempo chuvoso, nas últimas semanas, a capital maranhense apresentou uma queda de 38% no volume pluviométrico em 2016, em comparação com as médias históricas dos últimos 30 anos. De acordo com dados repassados a O Estado pelo Núcleo Geoambiental da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), no total, 1.126,2 milímetros de chuva foram registrados de janeiro a maio deste ano, bem abaixo dos 1.837,6 milímetros correspondentes com o esperado para o período.

Segundo o departamento da Uema, o mês de março ainda foi o que mais registrou precipitações na cidade, este ano. No total, no período, foram 387,4 milímetros de chuva, 40,6 milímetros abaixo da média esperada para o mês (cujo índice aguardado é de 428 milímetros). Até o fim da tarde de quinta-feira, dia 5, o índice de chuvas no mês de maio deste ano havia sido 97,6 milímetros, valor correspondente a 30,8% do esperado para o mês.

Normalmente, em junho as chuvas começam a cessar e iniciam o período de transição entre o período chuvoso e o seco. No entanto, como as precipitações começaram a cair este ano com certo atraso, não seria surpreendente uma extensão da ocorrência de precipitações”Andrea Cerveira, meteorologista

Em contrapartida, considerando os meses completados, janeiro foi considerado o menos chuvoso. No total, choveu no período apenas 106,8 milímetros, valor 137,4 milímetros inferior à média aguardada para o mês. O mês de fevereiro deste ano registrou 229 milímetros de chuva. Por fim, o mês de abril calculou 305,4 milímetros de chuva, índice 170,5 milímetros abaixo da expectativa.

De acordo com a meteorologista do Núcleo Geoambiental da Uema, Andrea Cerveira, os períodos denominados cientificamente como verônicos (ou seja, períodos de chuva intercalados com tempos de estiagem) contribuem para os percentuais pluviométricos abaixo da média histórica. “ Como nós tivemos, por exemplo, um mês de abril com grande volume pluviométrico nos quinze primeiros dias e, na sequência, veio um período de estiagem, os índices de chuva não apresentaram o crescimento necessário”, disse.

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Ainda segundo ela, o mês de junho deste ano deve apresentar uma redução mais substancial nos índices de chuva. “ Normalmente, em junho as chuvas começam a cessar e iniciam o período de transição entre o período chuvoso e o seco. No entanto, como as precipitações começaram a cair este ano com certo atraso, não seria surpreendente uma extensão da ocorrência de precipitações”, afirmou.

Comparação
Apesar da queda no índice pluviométrico este ano, em comparação à média dos últimos trinta anos na capital maranhense, 2016 apresentou um período chuvoso mais intenso que 2015. Em média, ano passado foi 27,3% menos chuvoso que este ano, já que – nos cinco primeiros meses de 2015 – caiu 884,4 milímetros de chuva, 241,8 milímetros a menos que este ano.

Estragos
Na quarta-feira, dia 4, a chuva forte registrada na capital maranhense durante a tarde causou vários estragos. A rua Xisto Albano, no Cohafuma, ficou alagada, por falta de escoamento nas galerias. Com isto, os veículos estacionados na via ficaram impossibilitados de sair. Um lago no bairro Cohafuma, em São Luís, também transbordou, fato que complicou o trânsito na avenida Jerônimo de Albuquerque, sentido Cohab-Calhau.

Dados referentes a índices pluviométricos em 2016

MesesVolume pluviométrico (em mm)Índice esperado (em mm)
Janeiro106,8244,2
Fevereiro229,0373,0
Março387,4428,0
Abril305,4475,9
Maio97,6316,5
Fonte: Núcleo Geoambiental da Uema

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