Impeachment

Afastamento de Dilma repercute na Assembleia Legislativa

Deputados falaram a respeito da legitimidade de Michel Temer em assumir a Presidência da República e também sobre a situação do Maranhão no novo cenário político do país

Carla Lima

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48

A decisão do Senado em afastar a presidente Dilma Rousseff (PT) por 180 dias repercutiu na Assembleia Legislativa. Deputados debateram sobre a respeito do novo cenário político e a situação do Maranhão com a chegado de Michel Temer ao comando do Brasil.

O primeiro a ir à tribuna para falar a respeito da decisão dos senadores de dá prosseguimento ao impeachment da presidente Dilma Rousseff foi Júnior Verde (PRB). Segundo ele, o momento agora é de esperar que a crise política e econômica seja superada e o país e, em consequência, o Maranhão, volte a crescer.

“Desejo que o próximo governo possa realmente conduzir este país de forma a se preocupar com o povo brasileiro, e que a economia possa continuar realmente no desenvolvimento correto, e os posicionamento e as conjecturas políticas sejam sempre convergentes às conjecturas sociais”, disse Verde.

Também buscou o debate sobre a condição do Maranhão com o novo cenário o deputado Max Barros (PRP), que considerou o impeachment a melhor saída para resolver a crise política no Brasil. “A Dilma não tinha mais a menor condição de governar mais nada. Não tinha governabilidade porque não tinha relações com a classe política. Deixou o Brasil em uma crise profunda com a chaga do desemprego para quase 11 milhões de brasileiros”, disse.

Barros decidiu defender o impeachment, em resposta ao deputado Bira do Pindaré (PSB), único deputado que se posicionou contra o impedimento da presidente Dilma. Pindaré voltou a falar em golpe e disse que se houve crime por parte da presidente da República, o correto seria a convocação de nova eleição e não a posse do vice.

“Pela constituição, todo poder emana do povo. Se uma presidente deve sair, que o povo tenha o direito de escolher seu novo representante. Por isso, defendo nova eleição. E não um governo ilegítimo que é esse de Michel Temer”, disse.

Também respondeu ao deputado do PSB, Edilázio Júnior (PV). Segundo ele, a expectativa é que não haja retaliação do governo federal devido a posição tomada pelo governador Flávio Dino (PCdoB), que pelas redes sociais e também em Brasília fez campanha contra o impeachment.

Ainda de acordo com o deputado do PV, a ida de um maranhense para um dos ministérios do governo Temer já demonstra que o estado terá apoio do governo federal. “Acredito que a indicação e a nomeação do ministro Sarney Filho, o Maranhão vai ser visto com bons olhos. Não acredito também em retaliação do Governo Federal com relação ao Governo do Estado. Acredito, quero e torço para que realmente venham investimentos porque pior do que a presidenta Dilma foi para o Maranhão é impossível outro presidente ser disse Edilázio.

Rebateu as críticas do deputado Edilázio Júnior ao governador Flávio Dino o líder do governo na Casa, Rogério Cafeteira (PSB), que em relação a legitimidade do agora presidente Michel Temer de assumir o mandato concorda com Edilázio. Segundo ele, a posição do governador é ideológica e que tal posição nada tem a ver com a gestão estadual.

“É uma convicção dele e eu acho que nós temos que respeitar. Ele questiona a legalidade e não a questão política. E se fosse politicamente, talvez fosse o mais confortável, ele teria o discurso fácil de se colocar a favor do impeachment”, disse Cafeteira.

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