Violência

Ataque do EI deixa mortos em Bagdá

Três ataques deixaram ao menos 93 mortos e 165 feridos ontem na capital do Iraque, Bagdá; o EI reivindicou responsabilidade pelas três explosões; em meses recentes, a facção terrorista perdeu alguns dos territórios que havia conquistado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48
Carro explodiu perto de mercado em bairro xiita de Bagdá, no Iraque, ontem
Carro explodiu perto de mercado em bairro xiita de Bagdá, no Iraque, ontem (Carro explodiu perto de mercado em bairro xiita de Bagdá, no Iraque,ontem)

Iraque - Bagdá foi palco de vários atentados com carros-bomba que deixaram pelo menos 93 mortos e 165 feridos ontem, segundo balanços feitos pela imprensa internacional.O Estado Islâmico reivindicou responsabilidade pelas três explosões. Em meses recentes, a facção terrorista perdeu alguns dos territórios que havia conquistado em 2014.

O mais grave deles atingiu um mercado, perto do grande bairro xiita de Sadr City, e foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI). A explosão, ocorrida às 10h, matou 64 pessoas e feriu 87, segundo as redes BBC e CNN. A BBC afirma que entre as vítimas estão mulheres e crianças.

Outros dois carros explodiram pouco mais tarde e também provocaram estragos. Esses dois ataques, no entanto, não foram reinvindicados. Um explodiu na entrada de Kadhimiya, que também é um distrito xiita, matando 15 e ferindo 33 outros, segundo a Reuters.

O terceiro carro-bomba explodiu no oeste da capital iraquiana no bairro Jamiya, predominantemente sunita, matando 12 e deixando 46 feridos. O número de vítimas ainda deve aumentar.

Ataques

O Estado Islâmico, que desde 2014 controla áreas importantes do Iraque, vem promovendo uma série de ataques em vários pontos de Bagdá. Os terroristas visam principalmente bairros habitados por xiitas, que são considerados hereges pelos extremistas.

O crescimento do grupo, que luta contra o governo para controlar o norte e o oeste do Iraque, aumentou os conflitos étnicos no país, principalmente entre sunitas e xiitas, surgidos principalmente após a invasão norte-americana em 2003, segundo a Reuters.

Em 30 de abril, uma explosão atingiu um mercado popular, que fica região de Nahrawan, por onde passam peregrinos xiitas para irem ao túmulo de Musa al Kazim. Dias antes, em 25 de abril, outra explosão, dessa vez no mercado de Al Jadidah, no sudeste da cidade, deixou seis pessoas mortas e 30 feridas.

Crise

Os novos atos de violência podem intensificar a pressão sobre o primeiro-ministro, Haider al-Abadi, que se vê em meio a uma crise política. Entre os legisladores iraquianos há quem diga que o impasse político tem distraído a guerra contra o EI no país.

Depois do ataque, os moradores de Cidade Sadr protestaram contra o governo, que é apontado como o culpado pela insegurança.O atentado mostra que, apesar de derrotas no último ano, o EI ainda é capaz de organizar ataques de impacto no país.

Mais

De acordo com as Nações Unidas, pelo menos 741 iraquianos foram mortos no mês de abril devido à violência no país, 410 deles civis. Em março, o número de mortos ultrapassou 1.100 pessoas.

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