Cinema

Produções maranhenses em Cannes

Produtora Lume Filmes entra no Mercado de Cinema de Cannes para participar do roteiro internacional com todos os seus projetos; o cineasta Frederico Machado está na França acompanhando a edição 2016 do Festival de Cannes

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48
O filme "O Signo das Tetas" será exibido em Cannes
O filme "O Signo das Tetas" será exibido em Cannes (O signo das tetas)

A edição 2016 do Festival de Cannes, que começa hoje e prossegue até o dia 22, terá exibições maranhenses em mostra paralela com foco em distribuidores internacionais e agentes de vendas. A produtora maranhense Lume Filmes foi convidada pela Ancine para participar com todos os seus projetos, com destaque para os longas-metragens “O Exercício do Caos” e “O Signo das Tetas”, do cineasta Frederico Machado. Os filmes serão exibidos em cabines especiais. “Os Pobres Diabos”, “Sopro”, “Mãe e Filha” e “Tokyori”, por exemplo, também serão mostrados.

Segundo o cineasta e proprietário da Lume Filmes, Frederico Machado, trata-se de uma oportunidade para divulgar os filmes maranhenses. “Eu também levarei o pressbook do meu novo filme, O Tempo envelhece depressa, para mostrar a alguns organizadores de festivais de cinema internacionais. Isso é mais uma prova de que a Lume Filmes está se transformando em uma das mais importantes distribuidoras e produtoras de cinema do Brasil. Nós temos mais de 10 projetos para este ano e 2017”, disse Frederico Machado, que permanece em Cannes de hoje até o dia 23 de maio.

Em Cannes, o cineasta maranhense lançará o Lume Channel, canal da Lume Filmes em VOD, que é um Netflix para filme autoral. Além disso, ele tentará vender o filme “O Signo das Tetas” para o mercado externo, para que possa ser exibido em outros países. “Será uma exibição em cabines para agentes de vendas e diretores de festivais”, contou, acrescentando que A Lume também começará a divulgação de “O Tempo Envelhece Depressa”, recém filmado.

Mercado – Na opinião de Machado, esta é uma grande vitória para o cinema autoral brasileiro. “A exibição em Cannes mostra a força do nosso cinema e dos dois filmes em longa que fizemos. Além disso, estamos lançando o curta Angústia, também em Cannes, filme que tem na equipe algum dos alunos da Escola Lume de Cinema”, revelou Machado.

Além da participação do maranhense, o Brasil terá uma participação expressiva nesta edição do Festival de Cannes. Entre os longas-metragens brasileiros que estarão na competição oficial, Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, é distribuído pela Vitrine. A empresa já havia distribuído o premiado “O Som ao Redor”. “Cinema Novo”, de Eryk Rocha, foi selecionado pela “Mostra Oficial Cannes Classics”, voltada para filmes clássicos e do patrimônio do cinema mundial em cópias restauradas, além de filmes que homenageiam o cinema. Ele concorre ainda ao prêmio L’Œil d’or (Olho de Ouro) que é entregue ao melhor documentário do Festival de Cannes, escolhido a partir de todos os documentários selecionados em todas as mostras, oficiais e paralelas.

Este ano, um dos curtas brasileiros selecionados é “A Moça que Dançou com o Diabo”, de João Paulo Miranda Maria, selecionado para a principal competição de curtas, que terá Naomi Kawase como presidente do júri. Nascido em Porto Feliz, São Paulo, João faz parte do coletivo Kino-Olho e tem um belo histórico de passagens pela Croisette. Em 2014, ele emplacou “Ida do Diabo” na mostra paralela Short Film Corner. Ano passado, exibiu Command Action, curta sobre um menino pobre que sai de casa para comprar comida numa feira, mas acaba gastando o dinheiro com outra coisa, na Semana da Crítica.

Entre mais de 5 mil curtas inscritos, 10 foram selecionados para a competição oficial do festival de maior prestígio do mundo. Assim como acontece na disputa dos longas-metragens, o vencedor, definido pelo júri, ganhará a “Palma de Ouro” na cerimônia de encerramento. O júri deste ano é presidido pelo italiano Gianfranco Rosi, diretor de Fuocoammare, grande vencedor do Festival de Berlim 2016, e composto pelo jornalista brasileiro Amir Labaki, diretor do Festival É Tudo verdade, pela cineasta francesa Annie Aghion, pela atriz belga Natascha Regnier e pelo produtor francês Thierry Garrel.

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