Editorial

O prejuízo dos estudantes

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48

Estudantes do Instituto de Educação Técnica e de Tempo Integral (Iema) foram para a frente do Palácio dos Leões exigir seus direitos. É que os alunos do Terceiro Ano do nível médio, não conseguem se inscrever no Enem porque a escola ainda não está registrada no Ministério da Educação. Os demais alunos reclamam ainda que não conseguem tirar a Carteira de Estudante, também por falta de registro do Iema.

As reclamações não param por aí. Pais e estudantes se unem para criticar as mudanças realizadas na escola que começou a funcionar em 2014, como Centro Experimental de Ensino Médio Colégio Maranhense Marcelino Champagnat. Na ocasião estudantes tiveram de fazer seletivo para poder estudar no local.

Este ano, como Iema, não há informações sobre o critério para entrada dos novos alunos. A escola tratava-se de uma inovação nos métodos de ensino e trazia em seu currículo, disciplinas novas e ousadas, como robótica, por exemplo, que atraiu mais alunos do que podia atender, de tanto interesse que despertou.

Até o ano passado os elogios eram muitos à escola e sua gestão, mas com a reformulação do projeto da Escola de Tempo Integral para lançar o Iema, o que ocorreu este ano, tiveram início as muitas reclamações.

De falta de água e energia elétrica, a uma reforma que nunca acaba e compromete o andamento das aulas, os alunos e seus pais acusam a atual gestão de abandono na unidade. Mesmo tendo sido investido R$ 2 milhões antes da inauguração do novo instituto, na reforma e melhoria de espaços como ginásio, refeitório, banheiros, laboratórios e salas de aulas, segundo o governo.

Sem ter a quem pedir soluções, pois denunciaram que a direção do Iema não os recebe, os alunos resolveram ontem se unir e ir para a frente do Palácio dos Leões, sede do Governo Estadual, para exigir que uma solução para os muitos problemas apresentados pelo Iema.

Com cartazes em que mostravam seu descontentamento, eles solicitaram uma audiência com o governo e no fim da tarde, um grupo de 10 anos foi recebido por um representante do Executivo, que garantiu que todas as questões serão sanadas.

Os estudantes deixaram o local, mas prometem não ficar calados caso a situação não seja resolvida. Alegam que não ficarão prejudicados por falta de responsabilidade do Governo, que não tomou as medidas pertinentes à escola antes de colocá-la em funcionamento, pois como escola experimental, todos os direitos dos alunos eram devidamente respeitados. Sem Enem e Carteira de Estudante, os alunos do Iema não querem e não devem ficar.

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