O que fazer para o bebê dormir a noite toda? Qual o melhor pediatra da cidade? Como fazer para ter uma amamentação tranquila? Como aliviar o desconforto causado pelo nascimento do primeiro dentinho? Se antigamente as vovós eram as grandes referências das mães iniciantes, hoje esse círculo aumentou. As muitas dúvidas do dia a dia das mães agora são compartilhadas com amigas virtuais, sempre prontas a dar palpites e indicar a melhor forma de lidar com os desafios da maternidade. Em São Luís, 26 mulheres mães do primeiro filho vivem conectadas por meio de um aplicativo de smartphone e aprendem umas com as outras no grupo “Mamãe de primeira viagem”.

Durante a gestação, a cerimonialista Karina Marçal Soares soube de um curso que seria ministrado em São Luís para mães de “primeira viagem”, só que eram necessárias pelo menos 18 mulheres para que o curso pudesse ocorrer. Ela conseguiu reunir 12, na tentativa de que o curso fosse ministrado, o que não aconteceu.
“Mas o grupo continuou e nós passamos a usar essa ferramenta para troca de experiências, porque ninguém sabia exatamente o que estava por vir, já que todas somos mães de primeira viagem”, afirma.

O grupo é muito bom. Trocamos ideias, informações, dicas, indicações de médicos. Isso nos ajuda muito”Lizziane Saraiva, advogada, 30 anos, mãe da Luíza, 8 meses

Como as 12 mães que formaram o grupo inicialmente estavam grávidas, elas foram acompanhando a gestação e o parto umas das outras. Hoje, os bebês têm idades próximas e as trocas de experiências começaram ainda com dúvidas relativas ao parto. “As primeiras dúvidas foram com relação às dores do parto, o pós-cirúrgico, porque a maioria teve parto cesáreo. Apenas eu e outra mãe tivemos parto normal”, lembra. Após o nascimento dos bebês, as dúvidas passaram para temas como amamentação, cuidados com a mama, problemas durante a amamentação e com o período de sono das crianças.

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Karina Marçal Soares também conta que em alguns momentos há certo “ciuminho” por parte das avós, que também querem participar desse momento da vida das filhas. “Minha mãe não mora aqui, mas passou dois meses comigo quando o Kauã nasceu. Ela sempre dava as suas opiniões e quando eu dizia que no grupo tinham me dado alguma dica ela respondia que teve três filhos. Então, a gente ouve as nossas mães e pergunta para as outras mães do grupo também, porque estamos vivendo as mesmas situações no momento e como sempre dizemos no grupo também temos que ouvir nossos corações”, diz.

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