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A Baixada Maranhense não é problema, é solução

Luiz Figueiredo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48

A Baixada é uma microrregião geográfica composta por 21 municípios, habitada por mais de meio milhão de pessoas, numa área superior a 20.000 km quadrados, com uma localização privilegiada não só pela proximidade da capital, mas também por ser zona de transição entre o semiárido nordestino e a região amazônica, o que torna as suas terras férteis e produtivas.
Formando uma planície imensa, quase ao nível do mar, acumula na época das chuvas uma lâmina d’agua de aproximadamente um metro e é constituída pela imensidão de campos naturais com uma fauna e flora só comparável ao pantanal mato-grossense.
O ecossistema ali existente transforma-se num berçário natural para uma biodiversidade muita variada com a existência dos mais diversos tipos de animais, aves e peixes bem característicos do pantanal maranhense e por isso necessita urgentemente de investimentos para contenção das águas que escoam para o mar deixando aquela grande área desertificada durante vários meses do ano.
A eletrificação com a Energia de Boa Esperança, a implantação de rodovias asfaltadas, a ligação através de ferry boats e projetos ainda a serem implementados como os diques da Baixada, a ligação rodo-fluvial ligando São Luís aos municípios de São João Batista e Cajapió via município de Bacabeira, projeto este que reduzirá a distância entre a região e a capital em mais de duzentos quilômetros, constituem ações de governo que contribuem e ainda virão contribuir bastante para o melhoramento da qualidade de vida daquele povo.
Diante de tudo isso, é hora de pensarmos no Plano de Desenvolvimento Integrado da Baixada Maranhense.
A espinha dorsal da Baixada é a MA 014 que corta a maioria dos municípios, e a estrada Cujupe-Três Marias, beneficiando os municípios de Bequimão e Peri-Mirim. Isto sem contar com ramais de acesso às sedes de vários municípios e as estradas vicinais.
Para iniciar esse processo de desenvolvimento seriam implantadas mini usinas de etanol e biodiesel sustentadas com o cultivo da cana de açúcar, girassol, mamona e aproveitamento do coco babaçu. A instalação de usinas eólicas e experiências com energia solar também deveriam ser realizadas, graças a grande quantidade de ventos e luminosidade ali existentes. No Brasil onde verificamos atualmente uma grande instabilidade climática em diversas regiões, vemos a nossa Baixada mantendo a sua regularidade propícia a sua autossustentação.
Incentivo ao desenvolvimento agropecuário e da agroindústria com a implantação de uma Bacia Leiteira capaz de suprir a região metropolitana de São Luís e outras regiões do Estado; industrialização de laticínios e derivados; projetos de piscicultura e carcinicultura; criação de aves (frangos, patos, marrecos e outros); criação de abelhas, considerando a grande floragem durante vários meses do ano; campos agrícolas comunitários para produção específica de mandioca, milho, arroz, melancias e hortaliças.
Todos devemos lutar com tenacidade visando à intervenção governamental para a consecução deste projeto viabilizando a construção dos Diques da Baixada, projeto que vem sendo reivindicado ao longo de vários anos, inexplicavelmente estancado, embora pronto e aprovado em todas as fases e os recursos orçamentários e financeiros disponibilizados, dependendo apenas de uma decisão do Sr. Governador Flávio Dino e da Codevasf para o início de tão grandiosa obra redentora da Baixada Maranhense.

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