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Microcefalia: casos confirmados chegam a 1.271, segundo ministério

Desde 22 de outubro, o Brasil já teve 7.343 notificações de microcefalia, dos quais 2.492 foram descartados e 3.580 ainda estão em investigação

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48
(Um bebê com menor de 3 meses que nasceu com microcefalia é examinado por neurologista)

Brasília - O Ministério da Saúde confirmou ontem que, até dia 30 de abril, 1.271 bebês nasceram com microcefalia e outras alterações do sistema nervoso por causas infecciosas em todo o país. Foram notificados 7.343 casos suspeitos, dos quais 2.492 descartados e 3.580 estão em investigação para diagnóstico conclusivo. Os dados são de registros feitos a partir de outubro de 2015, quando a microcefalia começou a ter notificação obrigatória pelo ministério.

O estado com maior número de casos confirmados ainda é Pernambuco, com 339 casos, seguido da Bahia, com 232, Paraíba, com 115, e Maranhão, também, com 115.

Desde 22 de outubro, houve 267 notificações de mortes por microcefalia ou outras alterações no sistema nervoso central durante a gestação ou após o parto. Deste total, 57 óbitos foram confirmados para microcefalia e alterações do sistema nervoso central, 32 foram descartados e 178 continuam sob investigação.

A microcefalia é uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Além da microcefalia, já se sabe que a infecção pelo vírus zika em gestantes também pode ocasionar problemas na visão, no coração e outros problemas neurológicos no feto.

A microcefalia pode ser causada por diversos agentes infecciosos além do zika, como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.

Dos casos confirmados, 203 tiveram confirmação laboratorial para o vírus zika. No entanto, o Ministério da Saúde destacou que esse dado reflete um número inferior à totalidade do número de casos relacionados ao vírus. Para o ministério, a maior parte dos casos foi causada pelo zika, mas isso não foi comprovado em laboratório.

Zika

Transmitido por um mosquito já bem conhecido dos brasileiros, o Aedes aegypti, o vírus zika começou a circular no Brasil em 2014, mas teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015. O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre do ano passado, era que sua evolução é benigna e que os sintomas são mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, também transmitidas pelo mesmo mosquito.

Porém, no dia 28 de novembro de 2015, o Ministério da Saúde confirmou que, quando gestantes são infectadas pelo vírus, podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro, que pode vir associada a danos mentais, visuais e auditivos. Pesquisadores confirmaram que a Síndrome de Guillain-Barré também pode ser ocasionada pelo zika.

A chegada do vírus ao Brasil elevou o número de nascimentos de crianças com microcefalia de 147, em 2014, para pelo menos 1.271 casos de outubro do ano passado a 30 de abril deste ano.

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