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Gripe H1N1

José Carlos Martins Coelho Júnior

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48

Realmente 2016 começou bem difícil. Se não bastasse Chikungunya e Zika vírus, uma “velha” epidemia se apresenta diante do Brasil: a gripe H1N1 ou gripe suína. O adjetivo “suína” decorre do fato de o vírus ter sido isolado primeiro em porcos e, por meio de mutações, adquiriu a capacidade de infectar seres humanos, causando a gripe com maior gravidade.
Os primeiros casos no mundo, foram registrados no México e Estados Unidos em 2009, os quais foram os responsáveis pela disseminação que resultou em uma pandemia naquele ano. No Brasil, o primeiro caso foi diagnosticado em 07 de Maio de 2009, em São Paulo, e, até 2015, ocorreram 3485 mortes. No último ano foram 36 mortes e nenhum caso registrado no Maranhão.
Até dia 26 de março deste ano, o Ministério da Saúde confirmou a ocorrência de 444 casos e 71 mortes, sendo a maioria no Estado de São Paulo e nenhum caso no Maranhão, porém nosso vizinho próximo, o Ceará, registrou três casos, dos quais dois vieram a falecer.
A infecção pelo vírus ocorre por meio do contato com gotículas de secreções das vias respiratórias, como tosse e espirro. Algumas vezes, as pessoas podem se infectar tocando objetos que estão contaminados com os vírus da influenza e depois tocando sua boca ou seu nariz.
Os sintomas são similares aos sintomas da influenza humana comum e incluem febre, tosse, garganta inflamada, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fadiga. A exemplo da gripe comum, ela pode causar uma piora de doenças crônicas pré-existentes, em particular as doenças cardiovasculares e pulmonares.
É frequente em pessoas com Insuficência Cardíaca, popularmente conhecida como “coração grande”, haver uma descompensão do quadro cardíaco, por vezes, requerendo hospitalização e acompanhamento cardiológico. Porém, a complicação mais temida e a principal causa de morte por essa doença, é o desenvolvimento de uma síndrome denominada “síndrome do desconforto respiratório agudo”.
Todo paciente com sintomas gripais, que desenvolva falta de ar ou qualquer tipo de desconforto respiratório, deve ir imediatamente ao hospital afim de ser avaliado por um profissional médico. Existe tratamento disponível (Oseltamivir) e que é mais eficaz se iniciado dentro das 48 horas dos sintomas.
Para evitar a gripe H1N1 dispomos de duas medidas preventivas: comportamentais e vacinação. Em relação às primeiras, a principal medida é evitar o contato com pessoas sabidamente doentes; não permanecer em ambientes fechados por tempo prolongado e não levar as mãos à boca e/ou nariz sem lavá-las.
A vacinação normalmente é oferecida na rede pública para os grupos considerados de risco: crianças entre 06 meses e 05 anos; pessoas acima de 60 anos; gestantes e portadores de doenças crônicas. A campanha nacional de vacinação contra influenza começou no dia 30 de Abril e vai até 22 de maio, segundo o Ministério da Saúde.
Quem não se encaixa nesses grupos, mas quer se prevenir, deve buscar a vacina em clínicas particulares. A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda que os portadores de cardiopatias anualmente previnam-se com vacinação. Se você é menor de 60 anos, solicite ao seu cardiologista um relatório sobre sua doença afim de que receba, de forma gratuita, essa importante medida de prevenção. Vamos bem cuidar de nossa saúde!

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