opiniao

Por uma cidade bela e com saúde

editorial

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48

O número não impressiona tanto, mas é um bom começo. Isso porque, apesar de toda a mobilização feita pelo governo em torno da data, apenas 40% do público-alvo foi vacinado contra o vírus H1N1 em São Luís no Dia D. Mesmo considerando que não há registros da doença na Ilha, o baixo índice de cobertura pode revelar que a população não está tão interessada em prevenção.
De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), foram imunizadas pouco mais de 80 mil pessoas do total de 201.667 a serem vacinadas. Só na área da capital, foram disponibilizados 66 postos de vacinação. Claro que quem não pode se vacinar ainda tem tempo para isso. A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza teve início sábado, 30, e segue até dia 20 deste mês em todo o estado.
É preciso que as autoridades fiquem alerta para que a cobertura seja atingida, pois a doença busca um descuido para se alastrar. E a atenção deve ser redobrada com o público-alvo (idosos a partir dos 60 anos, crianças de seis meses a 5 anos, gestantes e puérperas, trabalhadores da saúde, funcionários do sistema prisional e presidiários), com a intensificação das ações de mobilização.
Deve-se levar em conta, ainda, que a baixa cobertura vacinal expõe outro dado importante: a população não demonstra ter conhecimento suficiente do perigo da doença, já que não se mobiliza em busca da imunização. E se falta consciência para isso, pode haver para muito mais, o que explicaria, por exemplo, a falta de cuidado com o descarte do lixo.
O ludovicense não parece preocupado com a destinação de seus resíduos, já que é fácil encontrar lixões a céu aberto em qualquer terreno baldio. Parece prevalecer a máxima de que basta contratar um carroceiro para pôr o lixo longe da vista para que o problema seja resolvido, e assim sejam levados embora os focos de dengue, zika e chinkungunya. Mas não é assim - ou, na linguagem dos jovens, “só que não #sqn”.
Ao levar o resíduo para longe, o morador está apenas transferindo para um pouco mais distante um grave problema de saúde - e olhe que essa distância, às vezes, pode ser apenas a uma, duas ruas de sua casa. E não se pode alegar, nesse ponto, que falta esclarecimento, porque campanhas de alerta estão por todos os lados e em todas as mídias. Sem contar que deveria bastar como fonte de conscientização o constante número de doentes que só aumenta na vizinhança, na família, no trabalho e outros. Isso porque todos devem cuidar da casa, do entorno dela e também conscientizar - e até denunciar - quem procede de forma incorreta.
O poder público é falho na maioria de suas incumbências com o descarte dos resíduos na busca por uma cidade limpa. Porém, há que se deixar claro que, em alguns pontos, a população deve ser penalizada por sua própria conduta. É que em algumas áreas a limpeza até que é feita, mas a população insiste no descarte de resíduos de forma indevida. E essa ação provoca problemas muito maiores que a falta de beleza. A cidade fica doente, e todos perdem com isso.

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