Gripe H1N1

40% do público-alvo foi imunizado contra a gripe no Dia D de vacinação

Seriam mais de 80 mil pessoas, entre idosos, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, mulheres grávidas e puérperas, e outros; vacinação se estende até o dia 20 deste mês em postos de saúde

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48

Mais de 80 mil pessoas foram vacinadas con­tra a Influenza (gripe H1N1) em São Luís apenas no Dia D de vacinação, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semus). Esse número, de acordo com a Semus, corresponde a 40% do público-alvo da campanha de imunização iniciada no sábado, dia 30. Ontem, nos postos de saúde da capital, era grande a procura pelas doses da vacina. A campanha segue até o dia 20 deste mês, quando pelo menos 80% da população que faz parte dos grupos prioritários deve ser vacinada.

O casal de aposentados Senhorinha Garcia dos Santos, 64 anos, e Vitório Serino dos Santos, 67 anos, foi na manhã de ontem à Unidade Mista do Anjo da Guarda se imunizar contra a gripe. Além dos idosos, era grande também o número de crianças sendo imunizadas. Senhorinha Garcia informou que todos os anos comparece em um posto de saúde para se proteger. “Desde que comecei a me vacinar, tenho gripado menos. Por isso, venho sempre”, disse.

Já Vitório Serino dos Santos afirmou que nunca foi de se gripar com frequência. Mesmo assim, não abre mão de cuidar da saúde. “Este é o terceiro ano consecutivo que eu me vacino. É importante a gente se prevenir para não adoecer. Por isso, venho me vacinar. E gosto de vir no começo, para garantir logo a vacina”, comentou o aposentado.

Público-alvo
O casal de idosos faz parte do gru­po considerado prioritário pelo Ministério da Saúde. O objetivo da vacinação é reduzir as complicações, internações e mortalidade decorrentes das infecções causadas pe­los vírus da influenza na população alvo da vacinação. Além de ido­sos (a partir dos 60 anos), devem se vacinar crianças de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes e puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), trabalhadores da saúde, funcionários do sistema prisional, população privada de liberdade.

Doentes crônicos com recomen­dação médica, como pessoas com problemas respiratórios, cardíacos, com baixa imunidade, dentre outros também devem se vacinar. No caso de doentes crônicos, é preciso consultar um médico para que ele avalie se o paciente pode ser vacinado e lhe dê um laudo que deve ser apresentado no posto de vacinação.

Crianças a partir de 6 meses que nunca foram imunizadas contra a influenza, devem receber duas doses da vacina, sendo a segunda aplicada 30 dias após a primeira. Já as vacinadas no ano passado recebem apenas uma dose este ano. Pessoas na prioridade com dificuldade de locomoção serão vacinadas em casa. Basta comunicar ao posto de saúde mais próximo de sua casa para que uma equipe possa realizar o trabalho na residência.

Campanha
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza teve início no sábado, 30, e segue até dia 20 deste mês em todo o estado. Em São Luís, a campanha foi lançada no Centro de Saúde do bairro João de Deus. Segundo a Coordenação de Imunização, a vacina está disponível em todas as unidades básicas de saúde da capital, totalizando 66 postos de vacinação. Ainda de acordo com a Semus, São Luís já recebeu 110 mil doses da vacina e, até o fim da campanha, receberá do Ministério da Saú­de as demais doses.

A vacina protege contra os ví­rus H1N1, H3N2 e Influenza B. A Semus destaca que a vacina é segura e não apresenta reações. Apenas aqueles que têm alergia a ovo ou com quadro febril não devem ser vacinados. Caso contrário, todos do grupo prioritário devem se imunizar o quanto antes.

No Maranhão, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que há dois anos não existe notificação de pessoas com H1N1 e que em 2016 foi notificado apenas um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave e que não há confirmação laboratorial de que esse caso está relacionado ao vírus H1N1.

Números
201.667 pessoas
devem ser vacinadas em São Luís
80.666 pessoas foram vacinadas no Dia D da campanha

SAIBA MAIS

O que é a gripe H1N1?

É uma gripe do tipo A causada pelo vírus H1N1, que circula entre humanos. Ele foi detectado no México, em abril de 2009, e se disseminou rapidamente, causando uma pandemia mundial chamada, na época, de gripe suína.
Como ela é contraída?
Quando se inala secreções do doente ao falar, espirrar ou tossir e quando há contato com superfícies infectadas, como maçanetas ou talheres.
Quais são os sintomas?
Os mesmos da gripe normal, porém mais fortes: febre alta, tosse, dor muscular, dor de cabeça e de garganta, coriza e irritação nos olhos e ouvidos. Também pode provocar falta de ar e dor no tórax.
Como se prevenir?
A vacinação é a melhor maneira, mesmo não sendo 100% eficaz. Além disso, evite levar a mão aos olhos, ao nariz e à boca, lave sempre as mãos com sabão ou álcool e cubra a boca quando for tossir ou espirrar.
Como funciona o tratamento?
O doente deve repousar, beber muito líquido e evitar álcool e cigarro. Medicamentos como o paracetamol (Tylenol) podem ser usados para combater febre e dores. Em casos graves ou grupos de risco (idosos, crianças, grávidas, asmáticos, entre outros), pode ser recomendado antiviral, como o oseltamivir (Tamiflu), vendido com receita médica.
Qual é a diferença entre o H1N1 e os outros vírus da gripe?
O H1N1 tem mais chances de causar complicações como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente em pessoas de maior risco.

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