Reunião

MP e professores discutem problemas da educação na cidade

Encontro aconteceu na sexta-feira na sede das promotorias, em São Luís. Durante o encontro, os professores mais uma vez disseram que atuam em péssimas condições de trabalho

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48

Os professores da rede municipal de ensino de São Luís reuniram-se na manhã de sexta-feira, 29, com os promotores de Educação, Paulo Avelar e Maria Luciene Lisboa, e, mais uma vez, denunciaram a situação em que se encontra a rede educacional da capital maranhense. De acordo com a categoria, os docentes estão sujeitos a péssimas condições de salário e de trabalho, que muitas vezes inviabiliza as atividades desenvolvidas nas salas de aula.

Antes de participar da reunião, os docentes realizaram um ato em frente à sede das promotorias, no bairro São Francisco. A atividade fez parte do calendário dos últimos atos realizados pelos professores. Na quinta-feira, 28, a categoria saiu em caminhada do São Francisco até o Palácio de Lá Ravardière, sede do executivo municipal.

Reivindicações

Uma das reivindicações dos professores é com relação ao salário. No dia 20 deste mês, a Prefeitura de São Luís apresentou a contraproposta de 9,2% de reajuste salarial de 2016 para os professores. No dia posterior, em assembleia geral extraordinária, a categoria rejeitou a contraproposta do governo municipal, que também era parcelada em duas vezes, e reafirmou o percentual de 13,68% definido em assembleia no mês de fevereiro.

A questão salarial foi apresentada durante a reunião de sexta-feira na qual participaram os promotores Paulo Avelar e Maria Luciene Lisboa, que são da educação; a presidente do Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís (SindeEducação), Elisabeth Castelo Branco; e o titular da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Moacir Feitosa.

Até o momento, as partes envolvidas no conflito não chegaram a um consenso. Neste sábado, estava prevista uma assembleia geral dos professores na qual a diretoria do sindicato iria repassar para o restante da categoria as discussões que foram realizadas na reunião. “O que nós queremos são ações mais efetivas com resultados concretos para garantir os direitos das crianças, adolescentes e dos professores”, disse Elisabeth Castelo Branco.

A promotora Maria Luciene Lisboa afirmou que o Ministério Público vem acompanhando a situação dos professores e disse que, ao longo dos anos, eles obtiveram avanços importantes. “Foram muito esclarecedoras as situações colocadas e o que mais pesa é a situação salarial. O Ministério Público vem exercendo o seu papel que é, além da efetivação das políticas públicas voltadas para a educação, o de conciliador”, afirmou a promotora.

Na próxima sexta-feira, 6, haverá uma nova reunião entre as partes envolvidas. A Prefeitura de São Luís foi procurada por O Estado em busca de um posicionamento, mas, até o fechamento desta edição, nenhuma resposta foi obtida.

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