Espionagem

Americano é condenado a 10 anos de trabalhos forçados na Coreia do Norte

Kim Dong-chul disse que espionou para ''sul-coreanos conservadores''; rle foi detido em outubro de 2015

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48

Pyongyang - Um coreano-americano acusado de espionagem foi condenado a dez anos de trabalhos forçados na Coreia do Norte, informou nesta sexta-feira,29, a agência oficial de notícias chinesa Xinhua, a partir de Pyonyang.

Kim Dong-chul, detido em outubro passado sob a acusação de espionagem, disse em janeiro à CNN que espionou para "elementos sul-coreanos conservadores" e fotografou segredos militares na Coreia do Norte.

Kim Dong-chul, de 62 anos, foi preso na Coreia do Norte em outubro e admitiu ter cometido uma "espionagem imperdoável", incluindo o roubo de segredos militares, afirmou a agência estatal de notícias KCNA.

"O acusado confessou todos os crimes que cometeu... e reuniu e ofereceu informações sobre assuntos do partido, do Estado e dos militares ao regime de marionetes sul-coreano, que equivalem a complôs estatais subversivos e espionagem", disse.

Pena

Promotores federais pediram uma pena de 15 anos, mas seu advogado de defesa pediu uma redução levando em conta sua idade avançada, segundo a KCNA.

Fotos mostraram Kim algemado e usando gravata e casaco azul. Ele parecia abalado e estava acompanhado por guardas uniformizados.

A Coreia do Norte, que vem sendo criticada por seu histórico de direitos humanos há anos, já usou norte-americanos detidos para induzir os Estados Unidos a realizarem visitas de membros do alto escalão, e não tem relações diplomáticas formais com Washington.

O regime norte-coreano já impôs longas penas de trabalhos forçados a estrangeiros, embora tenha acabado por libertá-los antes do cumprimento da sentença. Sabe-se que seis deles, incluindo Kim e três sul-coreanos, ainda estão detidos no Norte.

Kim, que disse ser um cidadão norte-americano naturalizado, confessou ter cometido espionagem sob orientação dos governos dos EUA e da Coreia do Sul e se desculpou pelos crimes, noticiou a KCNA em março.

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