Partidos

Waldir Maranhão vai à Justiça pra retomar o comando do PP no estado

Parlamentar era o presidente estadual da sigla até o dia 15 de abril, mas foi destituído depois de decidir votar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT)

Gilberto Léda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49
Maranhão perdeu o comando do PP após voto a favor de Dilma
Maranhão perdeu o comando do PP após voto a favor de Dilma (Deputado Waldir Maranhão que o PP de volta)

O deputado federal Waldir Maranhão decidiu protocolar nesta semana uma ação judicial para tentar retornar à presidência da Comissão Executiva do Diretório Estado do Partido Progressista no Maranhão. O caso foi distribuído às 14ª Vara Cível de São Luís, na segunda-feira, 25.

O parlamentar era o presidente estadual da sigla até o dia 15 de abril, mas foi destituído por ato do presidente nacional, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), depois de decidir votar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados.

A orientação dos progressistas era para que a bancada votasse a favor do impedimento, mas Maranhão foi convencido a desobedece-la após uma conversar em Brasília com o ex-presidente Lula, dias antes da votação em plenário.

Na peça, Waldir alega que a sua destituição ocorreu em afronta “ao princípio do contraditório e da ampla defesa”. Ele lembra que a Comissão Executiva sob sua presidência tinha vigência até o dia 8 de outubro deste ano e que a mudança caracteriza-se como “intervenção arbitrária e velada”.

“O ato da presidência da Comissão Executiva do Diretório Nacional vai de encontro ao princípio do contraditório e da ampla defesa, uma vez que destituiu o autor [Waldir Maranhão] e todo o Diretório Estadual sem possibilitar qualquer meio de manifestação e/ou defesa”, destacou.

O pepista acrescenta que a decisão nacional prejudica muitos dos seus aliados em todo o Maranhão, que não concordam com a decisão, mas sequer podem mudar de partido, sob pena de não mais poderem se filiar em outros para participar das eleições.

“Já não é mais possível uma nova filiação dos membros em outros partidos políticos em razão do término do prazo cabível e inscrito no calendário eleitoral”, ponderou.

De acordo com Waldir, mesmo assim há quem deseje sair do PP. “O que importa prejuízo sem precedentes a toda articulação político partidária já realizada no decorrer do presente ano”, completou.

Atualmente, o PP está sendo comandado no Maranhão pelo deputado federal André Fufuca. Ele foi conduzido à presidência de uma comissão provisória com vigência até 13 de outubro deste ano em virtude da destituição do colega parlamentar.

A O Estado, ele disse apenas observar a movimentação do correligionário e declarou preferir “a união à divisão partidária”.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.