O ex-juiz de Direito Márlon Reis, não descartou ontem, em entrevista coletiva concedida na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Maranhão, ingressar na política.
Ele assegurou que deverá realizar a sua filiação ainda este ano no partido Rede Sustentabilidade, sigla comandada pela ex-ministra Marina Silva, mas evitou falar sobre uma possível candidatura para as eleições de 2018, como passou a ser cogitado desde a última segunda-feira nos bastidores.
Na entrevista, Márlon Reis falou sobre a decisão de deixar o Judiciário para atuar na advocacia especializada em Direito Eleitoral, afirmou nutrir admiração por Marina Silva e pelo Rede Sustentabilidade, assegurou que mantém respeito pela magistratura e tratou da importância da Lei da Ficha Limpa, da qual ele é reconhecido nacionalmente como um dos autores.
“Não está nada definido [filiação no Rede], é um gesto muito recente e agora eu vou pensar neste aspecto da filiação. O que estava planejado para este dia era poder ter esse momento de tomar a decisão e expressar os esclarecimentos à imprensa”, disse.
Perguntado se a sua filiação no Rede Sustentabilidade ocorrerá até o fim deste ano, ele respondeu: “Em breve acontecerá”.
Liberdade – O ex-juiz afirmou que o que mais o motivou a tomar a decisão de deixar a magistratura e ingressar na advocacia, foi a “liberdade de expressão”.
“Poder defender ideias que às vezes envolve matérias sobre as quais um juiz não pode se pronunciar publicamente porque ele é proibido. Essa é a minha maior motivação, mas houve alguns fatos que começaram a fazer com que eu achasse que tinha de abreviar isso e fazer logo esse movimento. E eu mencionei aqui: Belo Monte e Mariana. Sempre fui um observador muito atento quanto a estas questões sócio- ambientais”, explicou.
Márlon Reis informou que se fixará profissionalmente em Brasília, com um escritório de advocacia e disse que pretende influir na aplicação das leis as quais ele ajudou a elaborar e que dizem respeito ao Direito Eleitoral.
“Estarei disponível para defender profissionalmente em juízo todas as causas em que eu acredite e que não contrariem a minha biografia, sem preconceito quanto a partidos. Aprendi que em todos os lugares há bons políticos. E que são esses os que normalmente mais precisam de apoio por sofrerem perseguições das mais diversas origens, às vezes partidas de seus correligionários”, finalizou.
A entrevista coletiva foi concedida por Márlon Reis ao lado do presidente da Seccional da OAB no Maranhão, Thiago Diaz e de José Gustavo Fávaro Silva, porta-voz da direção nacional do Rede Sustentabilidade.
Mais
O ex-juiz Márlon Reis pode tentar seguir, em breve, caminho semelhante ao percorrido pelo governador Flávio Dino (PCdoB). Dino foi juiz federal, e deixou a toga no ano de 2006. Naquele mesmo ano, foi eleito deputado federal com o apoio do então governador José Reinaldo Tavares (PSB). Oito anos depois foi eleito governador. Reis poderá ingressar em breve na política partidária.
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