Depoimento

Deputado maranhense autoriza passagem aérea para lobista depor contra Eduardo Cunha

Vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão, autorizou nesta segunda-feira, 25, custeio de passagem aérea para Fernando Baiano e seu advogado

Estadão Conteúdo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49
Waldir Maranhão é vice-presidente da Câmara dos Deputados
Waldir Maranhão é vice-presidente da Câmara dos Deputados (Waldir Maranhão)

SÃO LUÍS - O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), autorizou nesta segunda-feira, 25, o pagamento de passagem aérea para o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, e seu advogado se deslocarem a Brasília para prestar depoimento no processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Baiano é uma das testemunhas de acusação contra o peemedebista e será ouvido nesta terça, 26.

Na última semana, o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), havia anunciado que, se a Câmara se recusasse a custear a passagem, ele pagaria do próprio bolso. Alguns conselheiros se propuseram a fazer uma "vaquinha" para garantir a vinda de Baiano.

Nesta semana também está previsto o depoimento de João Augusto Henriques, ex-dirigente da BR Distribuidora. Por estar preso, Henriques será ouvido em Curitiba. O colegiado tem até meados de maio para concluir os trabalhos, aprovando ou arquivando o relatório do deputado Marcos Rogério (DEM-RO).

Documentos

Na última sexta-feira, 22, o ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou ao Conselho os documentos relativos às investigações sobre o presidente da Câmara. Na Casa, Cunha é acusado de ter mentido à CPI da Petrobras no ano passado, ao negar que tivesse contas secretas no exterior. O relatório de Marcos Rogério deixou de fora as acusações de recebimento de vantagens indevidas contra o peemedebista.

Os documentos enviados ao colegiado fazem parte do conjunto de provas solicitado pelo relator como parte das investigações contra o peemedebista. Há duas semanas, o Banco Central encaminhou ao Conselho documentos que atestam que as contas de Cunha na Suíça nunca foram declaradas às autoridades brasileiras Entre os documentos solicitados por Rogério, ainda falta o compartilhamento de informações pela Procuradoria-Geral da República.

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