Bloco mais forte

Obama faz apelo pela permanência do Reino Unido na União Europeia

Presidente norte-americano se reuniu com David Cameron, premiê britânico, que lidera a campanha pelo "sim" na permanência do país no bloco

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49

Londres - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um apelo em artigo publicado no jornal britânico "The Telegraph", na sexta-feira,22, para que o Reino Unido continue na União Europeia (UE). Segundo o mandatário norte-americano, a associação amplificou a presença britânica no globo e tornou o bloco mais forte e mais aberto ao exterior.

Obama chegou nesta sexta-feira a Londres e se reuniu com David Cameron, premiê britânico, que lidera a campanha pelo "sim" na permanência do país no bloco.

No texto, intitulado "Como seu amigo, me deixe dizer que a União Europeia tornou o Reino Unido ainda maior", o presidente invocou a história dos dois países e as dezenas de milhares de norte-americanos enterrados em túmulos de guerra na Europa como razões para opinar sobre o referendo de 23 de junho que decidirá o futuro do país na UE.

Ele também apontou a necessidade de realizar "esforços para prevenir ataques terroristas" e "continuar o combate ao Estado Islâmico até que ele seja destruído", além de ressaltar que Washington e Londres devem trabalhar para resolver os conflitos políticos no Oriente Médio.

Ao final do artigo, Obama diz que "a União Europeia não limita a influência britânica, ela a amplifica". A declaração teve repercussão mundial.

Obama encontrou-se com funcionários da embaixada dos Estados Unidos antes de um almoço no castelo de Windsor com a rainha Elizabeth 2ª, que comemorou seu 90º aniversário na quinta-feira,21, e seu marido, o príncipe Philip.

Repúdio

Mas os comentários do presidente também despertaram o repúdio de opositores da filiação britânica ao bloco. Nascido em Nova York, o prefeito de Londres, Boris Johnson, que encabeça a campanha do "não", escreveu no jornal "The Sun" que não quer sermões de norte-americanos sobre a filiação à UE e que os EUA jamais concordariam com tal interferência.

"Os Estados Unidos nos dizerem que precisamos ceder o controle de tanto de nossa democracia é um exemplo arrebatador do princípio do 'faça o que eu digo, não faça o que eu faço''", afirmou.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.