A proposta de "eleições presidenciais já" encalhou. Marina Silva ficou sozinha. O PMDB quer o vice Michel Temer no poder até 2018. A oposição, também. Lula não quer saber de eleição agora. Os petistas estão afogados no mar de lama da Lava-Jato. Um líder petista diz que o objetivo é se opor e reagir às medidas da gestão Temer que forem contra o legado dos governos Lula e Dilma
'Aumentar sem aumentar'
O documento com as políticas sociais do PMDB mantém o Bolsa Família. Uma das versões prevê uma auditoria no programa. Os estudos, segundo um peemedebista, concluíram que há um percentual de beneficiados que não precisam mais receber o auxílio. Há muitas fraudes. É essa auditoria que vai permitir ao futuro presidente Michel Temer reajustar o Bolsa Família. O valor do pagamento atual é de R$ 77. Uma família poderá receber mais R$ 35 a cada criança até 15 anos que estiver na escola. "Aumentar sem aumentar", disse um auxiliar de Temer. Com menor número de beneficiários, será possível reajustar sem ampliar os gastos totais do governo.
'Chega de pagar o pato'
Os empresários vão manter a campanha contra o aumento de impostos caso o futuro presidente Michel Temer queira adotar essa alternativa, mesmo temporariamente. Foi o que Paulo Skaf (Fiesp) disse a Temer em encontro nesta semana.
Os ex-amigos
Senadores petistas ficaram indignados com o discurso da ex-companheira Marta Suplicy de que o Brasil não está preparado para uma nova eleição e que é preciso uma transição, com "alguém que tenha capacidade de aglutinar o país". Depois de sua fala, petistas foram até ela e disseram que o PT não vai desanimar e vai às ruas contra Michel Temer.
A última apaga a luz
Os ministros do PMDB deixaram o governo. Mas a ministra Kátia Abreu (Agricultura) promete ficar com a presidente Dilma até o último dia. Ela ainda pretende enviar ao Congresso o projeto com o Plano Plurianual Agrícola.
Em busca da imagem perdida
O time de Michel Temer acordou. O golpe emplacou. Quarta-feira, em São Paulo, definiram a entrevista de Temer à agência Dow Jones, e o envio à mídia internacional, e às embaixadas, de um clipping eletrônico com a fala do ministro Celso de Mello (STF) e um documento sobre a legalidade do processo de impeachment.
Realismo fantástico
Os ministros que entregaram os cargos nesta semana, ao retratarem o estado de espírito da presidente Dilma, contam que ela está absolutamente convencida de que será destituída, mas deixou claríssimo que vai lutar até o fim.
Marcando de cima
Como fizeram com os deputados, os movimentos contrários à presidente Dilma começaram a divulgar, nas redes sociais, o celular dos senadores. A iniciativa tem irritado até parlamentares favoráveis ao impeachment.
Fala o ex-ministro Eliseu Padilha: "Não entendo mais nada. A presidente Dilma viaja para o exterior, e o vice Temer assume. O golpe é um blefe".declarações.
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