Reforma

Dona de casarão histórico deverá reformá-lo

Jânio Queiroz, que é advogado da proprietária do imóvel, diz que ela já entrou em contato com os órgãos competentes para iniciar o processo de reforma

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49
(Casarão)

Em contato na tarde de ontem com O Estado, o advogado Jânio Queiroz, que representa Bianca Silveira, atual proprietária do imóvel onde morou o escritor Aluísio Azevedo, disse que ela tem interesse em restaurar o imóvel. Atualmente, o prédio, localizado no centro de São Luís, está se deteriorando por causa da falta de conservação.

A situação do prédio foi mostrada na edição de terça-feira, 19, em O Estado. O imóvel já foi invadido algumas vezes, o que fez com que a porta e as janelas fossem escoradas com pedaços de madeira para evitar novas invasões.

Atualmente, o prédio colonial está com telhas quebradas, muitos azulejos que compõem a sua fachada foram roubados e, o que sobra, são rachaduras e infiltrações, que tornam frágil a estrutura do casarão.

De acordo com Jânio Queiroz, Bianca Silveira adquiriu o imóvel já em estado de abandono. Ele afirmou também que a proprietária entrou em contato com órgãos competentes para iniciar o processo de reforma do casarão onde morou Aluísio Azevedo, mas por questões burocráticas (o prédio localiza-se em uma área tombada) os serviços ainda não foram iniciados.

“Ela tem interesse em reformar o prédio e não se opõem em nenhum momento à restauração. Ela apresentou os laudos dos engenheiros e arquitetos para restaurar o imóvel”, destacou o advogado Jânio Queiroz.

Situação

O casarão onde morou Aluísio Azevedo é tombado pelo Estado do Maranhão por meio do Decreto n°10.089/86. Em março de 2014, o Ministério Público do Maranhão (MP) ingressou na Vara de Interesses Difusos e Coletivos com uma Ação Civil Pública que tem como objeto esse casarão.

Em julho de 2014, o juiz Clésio Coelho Cunha, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos determinou que a proprietária do casarão onde viveu o escritor maranhense Aluísio Azevedo adotasse medidas de escoramento, limpeza e conservação do casarão.

Foi dado um prazo de 48 horas, para o início das obras. Em caso de descumprimento, a responsável pelo casarão seria penalizada. E foi isso o que aconteceu: foram bloqueados os bens da proprietária do imóvel e aplicada multa de R$ 10 mil.

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