bares irregulares

Bares irregulares demolidos na praia do Olho d’Água

Segundo o MP, os estabelecimentos estão na mira da Justiça desde 2009 por causa estarem instalados em terreno da União

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49

Bares instalados de forma irregular em áreas privativas da União estão sendo demolidos em São Luís. Ontem, uma força-tarefa que reuniu o Ministério Público do Estado do Maranhão (MP), Prefeitura de São Luís, Superintendência de Patrimônio da União (SPU), as polícias Militar (PM), Civil e Corpo de Bombeiros demoliu quatro bares na Praia do Olho d’Água.

Segundo o MP, os estabelecimentos estão na mira da Justiça desde 2009 por causa dos altos índices de criminalidade na área. Na próxima semana mais três estabelecimentos deverão ser retirados da orla.

A derrubada dos bares Olho d’Água, Real, Zé do Forró e Caranguejo, feita com um trator por funcionários da Blitz Urbana, órgão da Prefeitura de São Luís, foi acompanhada por representantes do Ministério Público. A ação começou por volta das 9h e durou até as 13h. Por sugestão dos promotores, a PM foi chamada para evitar um eventual confronto.

No momento da demolição, os proprietários ainda não haviam desocupado as barracas e retirado todos os seus pertences. Na praia, alguns barraqueiros discordaram da ação, mas não tentaram impedir a derrubada das barracas.

Violência
No Caranguejo Bar, no dia 10, um homem foi morto a pauladas. Segundo informações da polícia, o homicídio de Fernando Gomes de Lima, 23 anos, foi motivado por brigas de facções criminosas.

“Segundo informações do Centro Integrado de Operações de Segurança [Ciops], esta é uma área com altos índices de criminalidade. Aqui são registrados casos de corrupção de menores, inclusive com a venda de bebidas alcoólicas, tráfico e consumo de drogas e até homicídios, como o ocorrido dias atrás”, afirmou Cláudio Cabral Marques, promotor de Justiça de Controle Externo da Atividade Policial.

Ainda de acordo com Cláudio Cabral Marques, o objetivo da operação é restabelecer o bom ordenamento urbano da localidade, o que contribuirá para a redução da criminalidade. “Desde 2009, temos notificado os proprietários dos bares para que eles cumpram a legislação”, informou o promotor.
Durante a demolição dos quatro estabelecimentos, os proprietários fizeram a retirada de bebidas e outros pertences. O diretor da Blitz Urbana, Antônio

Duarte, informou que a demolição seguiu uma recomendação do MP e que os proprietários foram notificados. “No entanto, alguns deles se recusaram a receber a notificação. Essa operação já estava prevista, mas foi antecipada por causa do homicídio ocorrido na área dos bares há cerca de 10 dias”, frisou.

Antônio Duarte informou ainda que segunda-feira, 25, os proprietário de outros três bares serão notificados e terão prazo de 72 horas para deixarem a área. “O inquérito civil que baseia essa operação trata dos bares com funcionamento 24 horas, o que desobedece a legislação segundo a qual o funcionamento deve ser encerrado às 2h”, afirmou o diretor da Blitz Urbana.

Resposta
Os proprietários dos bares demolidos informaram que vão recorrer à Justiça para ter o direito de reabrirem seus estabelecimentos nos mesmos lugares. “O Ministério Público está mentido. Não fomos notificados. Além disso, desde o fechamento do acesso à praia para veículos que o movimento de clientes nessa área praticamente acabou. Todo crime que acontece nessa região eles afirmam que foi em algum dos bares. Vamos à Justiça em busca dos nossos direitos”, disse Tião Gomes, proprietário do Bar Olho d’Água. l

Mais

Blitz Urbana em operação na praia

No dia 1º de abril, a Blitz Urbana executou uma operação de retirada de bares instalados de forma irregular em área verde do Parque Shalom. O primeiro a ser demolido foi o Canto dos Brameiros, estabelecimento que, segundo órgão, foi ocupando área de forma irregular, além de realizar eventos sem autorização de nenhum órgão competente. A operação segue recomendação do Ministério Público e da população, e prosseguirá com a retirada de outros bares.

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