Desempregados

TJ rescinde contrato de trabalho com surdos

Contrato deveria durar cinco anos, mas tribunal afirmou não ter condições financeiras para mantê-lo; 24 contratados ficaram desempregados

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49
Surdos da Asma ficaram sem emprego após rescisão de contrato com o Tribunal de Justiça
Surdos da Asma ficaram sem emprego após rescisão de contrato com o Tribunal de Justiça (Surdos)

A Associação dos Surdos do Maranhão (Asma), por meio de seu presidente Maik Waldemar Oliveira, recebeu oficialmente na manhã de sexta-feira, dia 15, o documento de rescisão do contrato de prestação de serviços firmado entre a associação e o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ), deixando 24 surdos desempregados.

Assinado em 25 de novembro de 2015, o contrato previa absorver 80 surdos nos serviços de apoio técnico operacional de digitação eletrônica de documentos.
Inicialmente, foram contratados 24 profissionais, que estavam desempenhando suas atividades no Arquivo do tribunal, na Alemanha. Esta contratação foi muito bem recebida pela comunidade surda e abriu novas perspectivas de vida para suas famílias. Muitos deles voltaram a estudar e firmaram compromissos com essa remuneração, visto que era uma parceria garantida e segura por cinco anos, dependendo exclusivamente do bom desempenho profissional.

Para Maik Waldemar Oliveira, presidente da Asma, o mais preocupante é que muitos desses trabalhadores são pais de família que estavam empregados em outras empresas, tendo pedido demissão para ir para o TJ, onde imaginavam ser mais seguro, por ser um órgão do Judiciário, e hoje a realidade é outra, a decepção, grande, e a responsabilidade social da entidade maior ainda, pois envolve famílias e compromissos financeiros adquiridos com essa contratação.

Segundo a secretária da Asma, Ana Ruth Albuquerque, o TJ alega dificuldades financeiras para cumprir o contrato, sendo este o motivo da rescisão. A partir da próxima semana, a entidade deverá procurar entendimento com o poder público nas diversas esferas, procurando solucionar o problema social gerado, pois, caso haja um repasse por parte do governo estadual para o TJ, existe a possibilidade da celebração de um novo convênio.

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