Costa Rica - Mais de mil migrantes, em sua maioria cubanos, entraram ontem na Costa Rica à força oriundos do Panamá, onde se encontravam detidos em sua tentativa de chegar aos Estados Unidos, informou o governo costarriquenho.
"Hoje [ontem]entraram na Costa Rica de maneira violenta e forçada mais de mil migrantes irregulares, o que é uma afronta para o povo costarriquenho", declarou em um comunicado.
O texto lembrou que, recentemente, o país da América Central abrigou e deu assistência humanitária em seu território a quase 8.000 cubanos durante quatro meses, quando a Nicarágua decidiu, em novembro passado, bloquear sua passagem pela fronteira. Os cubanos faziam a viagem para chegar aos Estados Unidos a partir do Equador.
Fronteira
O governo advertiu que San Jose não é capaz de atender mais ilhéus que tentam chegar à América do Norte. Segundo o comunicado, o ministério da Segurança da Costa Rica reforçará a fronteira com o Panamá, "mas com absoluto respeito à vida de todas as pessoas".
Imagens divulgadas pela televisão da passagem de fronteira de Paso Canoas mostraram como os migrantes entraram em confronto com as autoridades locais, que tentaram impedi-los.
O governo da Costa Rica anunciou que enviará uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, "para expressar seu repúdio a uma legislação que estimula os migrantes a continuar um trânsito perigoso a esse país por nossos territórios", fazendo alusão à política americana de permitir a entrada de migrantes cubanos que chegam nos Estados Unidos por terra ou por mar.
Na terça-feira, autoridades de imigração da América Central, Colômbia, Equador, México e Estados Unidos reuniram-se na Costa Rica para encontrar soluções para o fluxo contínuo de migrantes cubanos por esses países.
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