Há outros passos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49

Muitos acham que a questão do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) se encerra no próximo domingo, 17, quando a Câmara Federal votará em plenário o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que defende o afastamento da presidente.
Mas a questão só encerra-se ali caso o impeachment não seja aprovado pela maioria de 342 votos, como exige a regra. Se o impedimento de Dilma for aprovado, ainda haverá pelo menos dois passos no Senado Federal para consolidar o afastamento da presidente.
Uma coisa que precisa ser esclarecida: não é automático o afastamento de Dilma, caso o impeachment seja aprovado domingo. Caso isso ocorra, o processo segue para o Senado, que vai abrir prazo de 10 sessões para nova defesa da presidente.
Apenas no caso de o Senado aprovar a decisão da Câmara – por maioria simples, ou seja, por 42 dos 81 votos – é que a presidente é afastada do cargo, por 180 dias, enquanto durar o processo de investigação.
Após esse prazo, com o comando do país já nas mãos do vice-presidente Michel Temer (PMDB), os senadores – após investigações das denúncias – decidirão se afastam definitivamente a presidente. Para isso, é necessário aprovação de 2/3 do plenário, ou 54 votos.
São esses os passos do impeachment da presidente Dilma Rousseff, embora pareça que tudo se resolverá domingo, com a votação do processo aprovado na comissão da Câmara.
Esse pode ser, de fato, o último passo. Mas pode ser apenas o primeiro dos três necessários.

Como nuvem
Tem sido quase diária a mudança de posição dos membros da bancada maranhense em relação ao impeachment.
O mais provável, no entanto, é que pelo menos 12 dos 18 parlamentares cheguem ao domingo com voto definido pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff.
A maioria seguirá a decisão dos partidos, que caminham para uma debandada do governo.

Posicionamento
Os deputados da bancada maranhense na Câmara que ainda estavam indefinidos começaram a se posicionar.
André Fufuca (PP) e Victor Mendes (PSD) já se firmaram. O primeiro vai votar a favor do impeachment.
O segundo decidiu votar contra, apesar de seu partido ter decidido, por maioria, votar a favor da presidente Dilma Rousseff (PT).

Enquete
Já o deputado Hildo Rocha (PMDB) preferiu fazer uma enquete on-line para saber o que a população acredita ser melhor.
Somente após esse levantamento o peemedebista vai se posicionar para votar no próximo domingo.
Não é a primeira vez que Rocha usa essa estratégia. Na época da reforma política, o parlamentar votou conforme a opinião dada pelos eleitores.

Com Dilma
Líder do PDT na Câmara, o deputado Weverton Rocha confirmou ontem que a bancada – de 20 deputados – seguirá com Dilma.
Mas nem ele tem convicção de que terá a unanimidade dos votos ao lado da presidente.
A realidade regional no Sul e Sudeste do país tem influenciado os pedetistas em discursos contra o governo do PT.

Pegou carona
Pré-candidato a prefeito de São Luís pelo PSB, o deputado Bira do Pindaré tentou pegar carona numa iniciativa dos deputados Adriano Sarney (PV) e Wellington do Curso (PPS).
A proposta de realização de uma audiência pública para tratar da revisão dos limites territoriais dos municípios da Ilha é do popular-socialista.
Como presidente da Comissão de Assuntos Municipais, coube a Adriano marcar a agenda. Mesmo assim, Bira ainda tentou faturar com um discurso sobre o tema ontem.

Grave problema
O deputado Sérgio Frota (PSDB) solicitou ontem, em discurso na Assembleia, a recuperação das pistas de pouso do aeroporto de São Luís.
Segundo o comandante da Gol Linhas aéreas, Francisco Cabral, em tempos de chuva a pista do Aeroporto Marechal Cunha Machado não se encontra apta para o pouso de aeronaves.
- Asfalto com pistas irregulares, blocos de concreto e buracos comprometem não somente o pouso de aeronaves, mas também a segurança de passageiros e da comunidade - relatou o tucano.

Cortes
O TRE está se programando como pode para conseguir fazer as eleições deste ano com o orçamento bem reduzido.
O TSE anunciou a todos os tribunais regionais que o corte no orçamento para as eleições ficaria acima de R$ 7 milhões.
Resultado é que no Maranhão – que tem problemas graves com falta de mão de obra – a organização para o pleito tem exigido malabarismos dos gestores.

E MAIS

• Aliados do prefeito Edivaldo Júnior já anunciam a divulgação de uma nova pesquisa em São Luís, como sempre fazem quando são contrariados pelos números.

• A briga na base do governo, agora em Imperatriz – entre PSDB e PCdoB -, é pela indicação do vice da pedetista Rosângela Curado.

• A deputada Eliziane Gama e o vereador Fábio Câmara disputam o apoio do PSDB, que, por enquanto, ainda se mantém com nomes para a disputa em São Luís.

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