Aedes aegypti

Doenças causadas pelo Aedes deixam emergências lotadas em SL

Pacientes com sintomas de dengue, zica e chikungunya lotam as unidades de saúde, o que tem causado demora no atendimento

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49

Pacientes com sintomas de dengue, zika e chikungunya estão lotando os setores de urgência e emergências de unidades de saúde da rede pública e privada de São Luís. A situação deve-se principalmente à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor dessas doenças.
Febre e dores no corpo e nas articulações são as principais queixas das pessoas que procuram as unidades de saúde. Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade Operária, os atendimentos das pessoas com os sintomas vêm aumentando nos últimos dias. De acor­do com os profissionais de saúde da unidade, há alguns meses, entre 50 e 80 pessoas eram atendidas por dia no local. Atualmente, entre 100 e 180 procuram a UPA por dia com esses sintomas.
Situação semelhante pode ser observada no Socorrinho do São Francisco. Na manhã de ontem, O Estado esteve no local e constatou que as enfermarias da unidade, sejam elas masculinas, femininas e pediátricas, estavam lotadas de pacientes que estavam recebendo atendimentos médicos por causa dessas doenças.
A enfermeira Hortência Silva confirmou o aumento de casos de pessoas com dengue, zika e chikungunya. “São muitas pessoas que vêm aqui reclamando de febre e dor na cabeça e nas articulações. Aqui são feitos exames e aplicação da medicação e hidratação”, disse.
Uma das pessoas que estavam na enfermaria recebendo medicação era o aposentado Raimundo dos Santos Evangelista, de 80 anos. “Estava sentindo febre há seis dias. Agora ela já passou, mas ainda sinto a dor no corpo”, relatou o idoso.
Por causa do aumento da demanda, muitas vezes há demora no atendimento. Foi o que aconteceu com Antônio Carlos Sá Filho, que havia chegado ao Socorrinho pela manhã e no início da tarde ainda não havia sido atendido. “Estou aqui desde as 10h e até agora não fui atendido”, disse o paciente, já por volta de 13h.

Casos
Este ano, já foram notificados mais de 1.413 casos de dengue, chikungunya e zika em São Luís. Os dados são da Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Sanitária de São Luís e referentes às primeiras 12 semanas epidemiológicas de 2016. No período de 1º de janeiro a 12 de fevereiro, seis primeiras semanas epidemiológicas de 2016, as três doenças somavam apenas 392 casos notificados.
Es­se aumento no número de casos da doença aconteceu nesse início de ano porque esse é o período de chuvas mais intensas. Das três doenças, o zika foi o que teve o maior crescimento, mas é a dengue que tem o maior número de notificações. l

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Saiba diferenciar os sintomas
A dengue e a chikungunya começam geralmente com febre alta, e o paciente com qualquer das duas doenças também sente dores pelo corpo e nas articulações. Se a febre for baixa e as dores pouco intensas, como se fossem um incômodo que se assemelhe ao que se sente após atividade física, e persistirem dessa mesma forma, o paciente pode procurar o serviço de saúde, mas preferencialmente um ambulatório. Esses sintomas mais leves podem ocorrer também no caso do zika vírus e em alguns casos o paciente não sente febre. Por isso é preciso ficar atento à presença do sintoma mais característico: as manchas vermelhas.

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