Sem coligações

A quantidade de pré-candidatos a prefeito de São Luís nas eleições de outubro pode repetir um fato ocorrido no pleito de 1992, quando praticamente não houve coligação na disputa

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49

A quantidade de pré-candidatos a prefeito de São Luís nas eleições de outubro pode repetir um fato ocorrido no pleito de 1992, quando praticamente não houve coligação na disputa. Eram tantos os candidatos que, praticamente todos os grandes partidos entraram na briga eleitoral.
Até agora, a sucessão do prefeito Edivaldo Júnior (PDT) tem ele próprio como pré-candidato e outros 13 interessados, incluindo as três legendas da ultra-esquerda - PSTU, PSOL e PCB - que, tradicionalmente, lançam nomes ao pleito.
PMDB, PSDB e PSB têm dois pré-candidatos cada um. Os peemedebistas que se lançaram à disputa são a deputada Andrea Murad e o vereador Fábio Câmara. No PSB, além do deputado Bira do Pindaré, também se apresentou como alternativa o vereador Roberto Rocha Júnior. Já os tucanos têm o deputado federal João Castelo e o estadual Neto Evangelista interessados na disputa.
Além deles, também se lançaram Eliziane Gama (PPS), Wellington do Curso (PP), Rose Sales (PMB) e João Bentivi (PHS).
Como pelo menos três deles devem ficar pelo meio do caminho, já que a legislação não permite lançamento de dois candidatos no mesmo partido, isso deixará a disputa com 11 nomes, um a menos que a histórica série de 1992, quando a então deputada Conceição Andrade (PSB) foi eleita em segundo turno. Isso significa também que o tempo de propaganda terá de ser dividido, proporcionalmente, entre 11 partidos.
Os partidos têm até 5 de agosto para definir seus candidatos. Mas o que se desenha é uma lista gigantesca de nomes à disposição do eleitor.

ICMS
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Assembleia Legislativa propôs ontem um debate com prefeitos sobre nova proposta de repasse do ICMS aos municípios.
O projeto de lei que visa à repartição da parcela de 25% do imposto pertencente aos municípios foi encaminhado nesta semana à Casa.
O vice-presidente da CCJC, deputado Roberto Costa (PMDB), afirmou que o colegiado pretende chamar prefeitos para discutir a nova proposta.

Critérios
A proposta define novos critérios de rateio, com a utilização do Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira (IDEB), por exemplo, como indicador de aferição.
O projeto justifica ainda que o IDEB é um indicador confiável e eficiente para avaliar o desenvolvimento educacional em todos os municípios brasileiros.
- É importante que a Famem participe dessa avaliação, pois o governador Flávio Dino tem se mostrado sensível a essa situação -, defendeu Costa.

Efeito
Independentemente do resultado do processo de impeachment da presidente Dilma, já há pelo menos um efeito inevitável para a conjuntura no Maranhão: o afastamento da cúpula do PSDB do governador Flávio Dino.
Dino tem defendido o mandato de Dilma e a tese de que tentam um golpe contra o seu mandato.
E, no seu discurso, acaba atingindo, mesmo que indiretamente, o partido do senador Aécio Neves. A direção nacional do PSDB já está afastada do comunista.

Estratégia
Após o constrangimento de ter de abortar uma ação que realizaria ontem para apreender ônibus velhos em São Luís, o diretor do Procon, Duarte Júnior, tentou sair pela tangente.
Não explicou o motivo do cancelamento da operação e apenas publicou, em seu perfil em rede social, um vídeo produzido por sua assessoria sobre as suas ações à frente do órgão.
Foi uma espécie de balanço de sua gestão no Procon. O episódio da suspensão da ação de recolhimento dos veículos, contudo, foi negativo à sua imagem.

Em busca de apoio
O vereador Fábio Câmara (PMDB) ainda não conseguiu reunir as assinaturas que esperava para entrar com ação popular contra a Prefeitura de São Luís por causa do reajuste de tarifas do transporte coletivo.
O líder da oposição espera reunir pelo menos 15 vereadores dos quatro municípios da ilha de São Luís para impetrar a ação na Justiça.
Além dos vereadores, o peemedebista diz contar com o apoio da comissão de transporte da secional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Só os dela
Mesmo de volta ao PPS, a deputada Eliziane Gama deve manter o apoio da Rede Sustentabilidade à sua candidatura a prefeita de São Luís.
Mas a parlamentar ficará praticamente isolada na disputa, com dois partidos sem suficiente tempo de propaganda eleitoral.
Eliziane rodou tanto nas articulações que acabou perdendo a confiança das legendas interessadas em sua candidatura.

Sem prazo
Amanhã termina o prazo para a filiação partidária para quem pretende disputar um mandato eletivo neste ano.
Também é o fim do prazo de desincompatibilização de gestores que querem entrar na disputa na eleição proporcional.
Em São Luís, não deverá haver novidades, porque as saídas de secretários municipais se deram em fevereiro.

E MAIS

• A Prefeitura de São Luís prorrogou para 15 de abril o pagamento em cota única do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) 2016.

• Candidato a prefeito de São Luís, agora pelo PHS, o médico João Bentivi decidiu centrar fogo na aliança entre o governador Flávio Dino e o prefeito Edivaldo Júnior com o governo do PT.

• Não se descarta uma aliança entre o PSDB e o PMDB para a disputa das eleições na capital maranhense, já como projeto do pós-impeachment, para 2018.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.