Investida de Lula

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49

Para além de PP e PR, o ex-presidente Lula age em outras frentes. Quer resgatar antigos aliados. Sem o apoio formal do PSB, busca o voto de parte da bancada. Ele se reuniu com o senador Fernando Bezerra (PSB). Admitiu que o governo errou ao se afastar da sigla. Ouviu que uma guinada, agora, é difícil. Na conversa, Lula minimizou a saída do PMDB e disse que quer conversar até com o PSDB.

Segura peão
Com o novo desenho da Esplanada ainda indefinido, ministros do PMDB trabalham para manter pelo menos três das seis pastas que ocupam atualmente. Nas conversas de ontem, o esboço traçado foi segurar Marcelo Castro (Saúde), Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Hélder Barbalho (Secretaria de Portos). Kátia Abreu também ficaria na Agricultura, mas com a possibilidade de se filiar a outro partido. Na hora do “sacrifício”, analisam, Eduardo Braga (Minas e Energia) pode ser cortado por ser indicado do Senado. O governo precisa, agora, de votos na Câmara. Já Mauro Lopes (Aviação Civil) não assegura os votos da bancada mineira.

Hora errada
O respiro do governo é atribuído, nos corredores do Congresso, ao desembarque do PMDB, que abriu espaço para o Planalto abrigar aliados. “Michel (Temer) fez uma burrada”, analisou o senador Jader Barbalho (PMDB) a colegas.

Ligando os pontos
A oposição vai fazer uma força-tarefa para monitorar o Diário Oficial da União. Quer montar o quebra-cabeça de supostas nomeações em troca de votos contra o impeachment. A ideia do líder do DEM, Pauderney Avelino, é enviar essas informações aos estados dos deputados responsáveis pelas indicações. Quer constranger.

Sem W.O.
Senadores petistas articularam uma estratégia contra os ataques da oposição na tribuna do plenário. O combinado é ter sempre um representante da bancada no local, preparado para responder ao tiroteio dos adversários.

Cabo de guerra
À frente do PTB novamente, o ex-deputado Roberto Jefferson vai trabalhar para que os parlamentares do partido se unam pelo impeachment da presidente Dilma. Na Câmara, a bancada é dividida. Do outro lado, o Planalto tem chamado deputados individualmente para conversas, oferecendo mais espaço no governo.

Contra a parede
Dirigentes pedetistas avisaram a deputados que quem descumprir a posição do partido contra o impeachment será punido. Os oposicionistas da sigla, no entanto, apostam que metade da bancada de 20 parlamentares vai pagar para ver.

Efeito Mick Jagger
Deputados brincaram, anteontem, que Eduardo Cunha acabou a sessão cedo para ver o Flamengo no Mané Garrincha. Vascaínos gostaram: “Vá, pé frio”. Ano passado, nas redes, atribuíram derrota para o Coritiba, no estádio, à presença de Cunha.

A OPOSIÇÃO começa a convocar para a votação do impeachment. Na web, chama a população para a Esplanada em 15 de abril, quando espera votá-lo.

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