Impeachment

Inserção partidária do PT levantará ameaça de fim de programas sociais

Tema foi abordado pelo deputado estadual Zé Inácio, que gravou inserção para a TV; programa vai ao ar hoje, quarta-feira e na próxima sexta-feira

Ronaldo Rocha da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49
Zé INácio vai à TV md efesa de Dilma
Zé INácio vai à TV md efesa de Dilma

O deputado estadual Zé Inácio (PT) gravou programa partidário do Partido dos Trabalhadores (PT) que será veiculado hoje na TV aberta maranhense. Na inserção, o petista alerta para a ameaça do fim de programas sociais implantados no Brasil pelo governo do PT, caso o Congresso Nacional aprove o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A inserção irá ao ar também na próxima quarta-feira (6) e sexta-feira (8).

Na inserção, Zé Inácio lista os principais programas sociais do Governo Federal e afirma que para mantê-los em pleno funcionamento, é necessário que Dilma dê prosseguimento ao seu mandato.

“Lutar pela manutenção do mandato da presidenta Dilma, é defender o Prouni, o Bolsa Família, o Luz para Todos, o Pronaf, o Minha Casa Minha Vida, e acima de tudo, a democracia”, afirma.

Petistas fazem manifestação em São Luís
Petistas fazem manifestação em São Luís

O deputado também conclamou a militância do PT, e os eleitores de Dilma, a “lutar” contra o processo de impeachment que tramita na Câmara Federal.

“Por isso, em respeito aos mais de 54 milhões de brasileiros, lutaremos juntos. Juventude, mulheres, classe trabalhadora e o povo mais pobre desse país, em defesa da democracia, e dizendo não ao golpe”, finaliza.

Desespero – O discurso de Zé Inácio em relação à ameaça do fim dos programas sociais do Governo Federal, tem sido utilizado também pela militância do PT em todo o país.

Nas últimas manifestações da sigla em defesa de Dilma, faixas, cartazes e até carros de som foram utilizados com essa ênfase. A oposição tem classificado a postura como um “ato de desespero”.

Na Assembleia Legislativa, Zé Inácio tem atuado em defesa da manutenção do governo Dilma Rousseff.

Ele chegou a criticar publicamente a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a decisão da Justiça Federal que suspendeu a posse de Lula na Casa Civil.

O petista também criticou duramente a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Maranhão e o Conselho Federal da instituição, por esta ter se colocado favorável ao processo de impeachment da presidente da República.

A O Estado, na semana passada, ele afirmou que a decisão da OAB se tratava de um grave equívoco.

“A OAB comete hoje o mesmo erro que cometeu na década de 1960, quando apoiou o golpe militar. Se colocar favorável ao impeachment de uma presidenta eleita pelo povo, é ir de encontro à Constituição Federal e às suas garantias a democracia. Um erro sem precedentes”, disse.

Mais

Na última quarta-feira, o presidente do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores, Raimundo Monteiro, lamentou, em entrevista exclusiva a O Estado, a saída do PMDB do Governo Dilma Rousseff (PT). Para ele, o correto e coerente, seria o partido se manter ao lado da presidente, seja qual for a consequência política, uma vez que os partidos foram eleitos, em 2014, para comandar o país. O PMDB tem o vice-presidente da República, Michel Temer.

Militantes do PT realizam manifestação em São Luís

Militantes do Partido dos Trabalhadores (PT) realizaram ontem, na capital, manifestação em favor da manutenção do mandato da presidente Dilma Rousseff (PT). O ato foi realizado no Centro.

Os militantes fizeram uma caminhada da Praça João Lisboa, até à Praça Deodoro. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 600 pessoas participaram do ato público.

O movimento foi organizado por integrantes de movimentos sociais, estudantis, centrais sindicais, e militantes do PCdoB, partido do govenador Flávio Dino.

De acordo com a organização do evento, manifestações também foram realizadas em Imperatriz, Balsas, Caxias e São João dos Patos, na tarde de ontem.

O movimento fez parte de uma ação articulada pela direção nacional da sigla, que coordenou atos em 21 estados do país.

O objetivo é contrapor o movimento nacional que defende o impeachment da presidente Dilma Rousseff e que defende também, a autonomia do juiz federal Sergio Moro na condução da Operação Lava Jato.

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