Assaltos lagoa

Sete assaltos por dia entre São Francisco e Lagoa da Jansen

Quantidade de ocorrências de assaltos e furtos aumentou nas últimas semanas; polícia promete intensificar atividades de segurança ostensiva e investigativa

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49
Nas proximidades do Grupo Mirante, os assaltos têm sido constantes
Nas proximidades do Grupo Mirante, os assaltos têm sido constantes (Mirante)

A quantidade de assaltos a transeuntes nas imediações da rotatória do São Francisco e adjacências, além da área da Lagoa da Jansen, aumentou nas últimas semanas. Levantamento feito por O Estado, com base nos relatórios divulgados pelo 9º Distrito Policial (que responde pela área), mostram que são registradas diariamente sete ocorrências relacionadas a roubos e furtos nesses pontos da cidade.

No entanto, apesar do dado, a própria polícia reconhece que a estatística deveria ser ainda maior, já que muitas vítimas – por medo de represálias – não oficializam o registro do boletim. Apesar da presença de uma viatura da Polícia Militar, na rotatória do São Francisco, pessoas que passam pelo trecho ainda se sentem inseguras. “É ainda perigoso quando a gente passa por aqui”, disse a secretária Regina Santos.

Outras pessoas que passam pelo local também afirmaram que já foram assaltadas na rotatória. “Eu não queria me identificar, não, mas só quero dizer que eu já fui assaltado por aqui durante o dia. Levaram meu celular e minha bolsa e não pude fazer nada. Nenhuma viatura da polícia passou por aqui”, afirmou uma transeunte, que não quis ser identificada por temer os criminosos da área. Na rotatória, na tarde de ontem, havia uma viatura da Polícia Militar.

Insegurança
Além dos transeuntes, funcionários do Grupo Mirante também foram vítimas, nos últimos dias, da insegurança. Em pouco mais de duas semanas, pelo menos quatro pessoas - sendo duas da TV Mirante, uma da Rádio Mirante AM e outra pertencente a O Estado - tiveram bens levados por assaltantes, assim que saíam ou chegavam à sede da empresa, na Avenida Ana Jansen, nº 200, São Francisco. “Levaram minha bolsa e alguns pertences de duas amigas que estavam comigo”, disse uma das vítimas que trabalha na empresa e que também preferiu ter a identidade preserva­da. Ele contou ainda que já foi assaltado outras duas vezes, nos arredores da sede da empresa.

Na Lagoa da Jansen, a antiga base comunitária da Polícia Militar do Maranhão (inaugurada em fevereiro de 2014) e que, de acordo com o CPTur é de responsabilidade do Corpo de Bombeiros, está abandonada. O prédio é ocupado atualmente por usuários de drogas, que, de acordo com moradores da região, costumam cometer assaltos diariamente no trecho. Além dos moradores, pedestres também têm temor de caminhar pela Avenida Mário Meirelles, que passa ao lado da Lagoa da Jansen. “Quando observei vocês da imprensa, fiquei mais aliviado”, disse o engenheiro civil Edélcio Fadul, de 43 anos, que carregava uma bolsa no trecho com diversos pertences, entre eles um notebook.

Até o momento, a polícia ain­da não confirmou se algum criminoso ligado aos assaltos na Lagoa da Jansen e São Francisco foi preso. O Governo do Maranhão entregou, no fim do ano passado, a nova sede da base comunitária militar na Lagoa da Jansen. De acordo com a polícia, a nova unidade atua com policiais fixos, viaturas e motos, funcionando 24 horas por dia. Ainda segundo a polícia, o sistema de videomonitoramento, na Lagoa da Jansen, funciona 24 horas no local .

SAIBA MAIS

Sobre a antiga base comunitária na Lagoa, o Corpo de Bombeiros informou a O Estado que o local será reformado, nos próximos meses e, no prédio, funcionará a base de Batalhão de Busca e Salvamento da instituição.

Números
7
é a quantidade de ocorrências registradas por dia no 9º DP
3 meses é o período de operação da nova unidade da base comunitária da PM, na Lagoa da Jansen;

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