O Maranhão já tem 55 casos confirmados de microcefalia, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Segundo as especificações da pasta, todas as crianças que foram diagnosticadas com a doença apresentam alterações típicas indicativas de infecção congênita, como calcificações intracranianas, dilatação dos ventrículos cerebrais ou alterações de fossa posterior entre outros sinais clínicos observados por qualquer método de imagem ou ainda tiveram identificação do vírus Zika em testes laboratoriais.

Dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), ainda apontam que do total de casos notificados de microcefalia nos anos 2015 e 2016, 148 ainda estão em investigação e 30 foram descartados. No total, até agora, já foram notificadas 233 suspeitas.

Pelo menos cinco óbitos que teriam sido ocasionados pela microcefalia no estado estão em investigação: o primeiro foi em São José de Ribamar, em dezembro de 2015; depois houve um em Pedreiras, em fevereiro de 2016; e outros três em São Luís, Tutóia e Serrano do Maranhão, já neste mês.

Brasil

Nacionalmente, o Ministério da Saúde divulgou que segue investigando 4.291 casos suspeitos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivas de infecção congênita. Até o momento, segundo boletim divulgado na tarde de terça-feira, 29, são 944 ocorrências confirmadas e 1.541 descartadas por apresentarem exames normais ou apresentarem microcefalias e/ou alterações no sistema nervoso central por causas não infeciosas.Desde o início da investigação, em outubro de 2015, foram notificados 6.776 suspeitas de microcefalia.

Em todo o Brasil, 130 notificações de microcefalia tiveram resultados positivos para o Zika, confirmados pelo critério laboratorial específico para o vírus Zika. Mesmo assim, o Ministério ressalta que esse dado não representa a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. Ou seja, a pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.

Benefício

Famílias a que possuem casos confirmados de microcefalia poderão ter acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e garantir o recebimento de um salário mínimo por mês.Para ter direito, as famílias precisam estar inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), além de comprovar renda mensal da família inferior a um quarto do salário mínimo, ou seja, R$ 220,00. O bebê terá que passar por avaliações médica e social feitas por profissionais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Em seguida, o responsável pela criança deverá procurar o CRAS de seu município para receber maiores informações sobre o BPC bem como toda a orientação para fazer o requerimento.

Números

55

Casos de microcefalia confirmados no Maranhão

233

Casos suspeitos estão sendo investigados no estado

5

Óbitos suspeitos estão sob investigação

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