manifestação

Estudantes protestam contra o aumento de passagens em São Luís

Concentração do movimento aconteceu por volta das 16h de ontem em frente à Biblioteca Benedito Leite; ato foi finalizado com invasão de terminal

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49

Estudantes protestaram ontem, por cerca de três horas, contra o aumento das passagens de ônibus de São Luís, que entrou em vigor na sexta-feira, 25. De acordo com os organizadores do movimento, cerca de 500 pessoas participaram do ato, que contou com a participação de entidades ligadas a alunos da rede pública, além da participação de representantes da sociedade civil.

A concentração do movimento aconteceu por volta das 16h em frente à Biblioteca Pública Benedito Leite, Centro. Às 16h45, os manifestantes seguiram pela rua Rio Branco, com cartazes nas mãos e gritando palavras de ordem contra a Prefeitura de São Luis, que anunciou o aumento de tarifas na quinta-feira,24. Em determinado trecho da via, os participantes cantaram o Hino Nacional e também se referiram à quantidade de assaltos registrados diariamente em coletivos da cidade.

Os estudantes se deslocaram para a Avenida Beira-Mar, onde interromperam o fluxo de veículos. Mesmo com a presença de agentes da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), houve grande congestionamento – da Praça Deodoro até a sede da antiga RFFSA. “ Não é possível. A gente quer ir para casa e não pode”, reclamou a professora Ângela Duarte, que ficou presa no trânsito.

Na cabeceira da ponte do São Francisco, os manifestantes bloquearam a passagem de veículos por cerca de 10 minutos, o que causou novamente complicações no trânsito. Alguns passageiros de coletiovos preferiram não esperar pela liberação da ponte e seguiram o percurso a pé. “ Desci no meio da ponte para tentar chegar ao terminal”, disse o auxiliar de Serviços Gerais, José Francisco da Silva.

Protesto

No local, os estudantes reforçaram as justificativas para a promoção do protesto. “ Não é possível que a capital maranhense tenha uma das tarifas mais caras do país. Isso é um absurdo e precisa ser revisto”, disse o universitário Marcelo Mattos. Por fim, eles se deslocaram da entrada da ponte até a Prefeitura, na Praça Pedro II.

Em frente ao prédio onde funciona o Poder Executivo Municipal, os estudantes diziam que manifestações vão acontecer até a redução nos valores das tarifas. No local, alguns manifestantes com máscaras no rosto portavam cartazes. A Polícia Militar do Maranhão (PM) esteve no local, com o efetivo de aproximadamente 50 homens, sendo a maioria integrantes do Batalhão de Choque (BPChoque). Apesar do clima hostil, nenhum ato de vandalismo foi registrado.

O ato dos manifestantes foi encerrado no Terminal da Praia Grande, que foi invadido por vários estudantes por um dos trechos de acesso. Eles entraram aos gritos de “A Ilha vai parar, se a passagem não abaixar”. O fato incomodou usuários que aguardavam coletivos na parte interna do terminal. “ Tomei um susto, não estava sabendo que hoje [ontem] teria manifestação”, disse a doméstica Eugênia Sales.

Antes do encerramento, os manifestantes ainda bloquearam – por alguns minutos – um dos sentidos da avenida Senador Vitorino Freire. A via foi liberada por volta das 19h.

Novos atos – Segundo a organização do movimento, um novo ato está previsto para acontecer hoje, a partir das 16h, com concentração na Praça Deodoro. “ Não podemos ficar de braços cruzados vendo a intransigência do Poder Público”, disse Thiago Moraes, diretor estadual da sucursal da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas ( UBES).

Enquete

O que você achou do aumento das passagens de ônibus?

“ É uma vergonha, não é possível que o poder público tenha feito isso com o usuário de transporte”,

Marcelo Mattos, universitário, 28 anos

“ Não é um preço compatível com a qualidade, ou melhor, a falta de qualidade do serviço”,

Mauro Macedo, estudante, 28 anos

“ Eu moro no Coroadinho. Para mim é sempre um incômodo pegar ônibus, ainda mais agora depois deste aumento”,

Joelma Moreira, estudante, 22 anos

“ É preciso que, antes do aumento, nossas autoridades chamem a população para discutir, em sociedade, o que achamos dessa medida”,

Ana Carla Matos, estudante, 20 anos

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