Cinema

Cinema local é destaque nesta edição do Maranhão na Tela

Com encerramento amanhã, a 8ª edição do evento pôs na mesa temas ligados ao cinema maranhense; sessões continuam hoje durante todo o dia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49
"Reverso" foi exibido na Mostra Retrospectiva
"Reverso" foi exibido na Mostra Retrospectiva (Reverso)

Depois de quatro dias de atividades intensas voltadas para o cinema, o Festival Maranhão na Tela encerrará sua 8ª edição amanhã com a mesa-redonda “Uma política pública para o cinema maranhense”, que reunirá representantes da Secretaria Municipal de Cultura, Secretaria de Estado da Cultura e Turismo e Ancine. O debate começará às 14h e ocorrerá no Cine Praia Grande. A noite, serão divulgados os premiados da Mostra Competitiva.

Hoje, o evento continua com as mostras: Competitiva, Roberto Farias e Retrospectiva. A programação também tem continuidade com curso sobre teoria da animação, que ocorre pela manhã. À tarde, a partir das 14h tem início mais uma rodada de exibição dos filmes que estão na Mostra Competitiva. As sessões estão planejadas para o Teatro João do Vale e para o Cine Praia Grande.

Já a mostra Roberto Farias exibe “Pra frente Brasil”, com sessão às 18h45, no Cine Praia Grande. Um dos filmes mais representativos da obra do cineasta que está sendo homenageado este ano no festival, a produção mostra a euforia do milagre econômico nos anos 1970, ao mesmo tempo em que o país acompanha com entusiasmo a Copa do Mundo e o tenso momento político pelo qual vive o Brasil em plena ditadura militar. Em meio a tudo isso, um pacato cidadão descobre da pior maneira o que acontece nos porões do regime militar.

Premiado no Festival de Berlim de 1983, o filme foi feito depois que o cineasta deixou a direção da Embrafilme, na qual atuou por anos. A película revê a experiência brasileira dos anos de chumbo a partir das lentes do thriller policial. “Pra frente Brasil” causou polêmica entre os militares, que o censuraram, e entre a intelectualidade de esquerda, que pôs em questão suas escolhas estéticas. O dia também reseva espaço para amostra Retrospectiva, que exibe filmes de cineastas maranhenses.

Encerramento- Segundo a organizadora do Maranhão na Tela, Mavi Simão, durante a mesa-redonda que ocorrerá amanhã, será entregue aos gestores um documento contendo propostas que foram discutidas na mesa de abertura do festival, realizada na última segunda-feira e que teve a presença de realizadores de cinema maranhense. “Após oito anos o festival tem um perfil consolidado que é importante para o cinema maranhense poque atua na divulgação da produção local, incentiva o fomento e também a formação de plateia”, avalia Mavi Simão.

Embora tenha sido reduzido para seis dias (até o ano passado a programação se estendia por 10 dias), o festival não sofreu perdas. Com sessões pela manhã, tarde e noite, o Maranhão na Tela dedicou boa parte de sua programação ao cinema local. Na mostra Retrospectiva, por exemplo, o público pode ver, na tela grande, filmes como “Jardins Suspensos”, de Euclides Moreira Neto; “Borralho”, de Arturo Sabóia; “Pelo ouvido”, de Joaquim Haickel; e “Ai que vida”, de Cícero Filho. Além disso, o Maranhão na Tela exibiu seis filmes pinçados da vasta e premiada filmografia do cineasta Murilo Santos, que, ao lado de Roberto Farias, foi homenageado do Festival. “Acho que o Maranhão na Tela mostra bem uma panorâmica do nosso cinema”, opina Mavi Simão.

Ela adianta que já está buscando parcerias para a realização dos próximos festivais. “Estamos conversando com o pessoal do Guarnicê, que em 2017 celebrará 40 anos de existência e o Maranhão na Tela fará 10 anos e no ano que vem o festival terá sua 9ª edição, porque não ocorreu em 2010, por falta de patrocínio. Estamos conversando a fim de unirmos forças”, destaca ela. O evento este ano tem o patrocínio das Óticas Diniz e da Oi.

Foi também por intermédio de uma parceria que a organizadora trouxe o Festival Anim!arte, que exibiu animações para uma plateia formada, em sua maioria, por estudantes da rede pública de ensino graças a uma parceria entre o Maranhão na Tela e a Secretaria de Estado da Educação. “Isto ajuda na formação de novos públicos para o cinema. Além disto, o representante do Anim!arte, Alexandre Juruena, ministrou um curso voltado para professores sobre a animação em sala de aula.

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