Pré-candidatos

Pré-candidatos à presidência dos EUA condenam atentado em Bruxelas

Donald Trump defende tortura e restrição a imigração após atentado; para Hillary Clinton, Otan é ''indispensável'' para proteger os EUA e aliados

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49

Washington - Os pré-candidatos à presidência dos Estados Unidos condenaram os atentados ocorridos ontem em Bruxelas, que deixaram pelo menos 34 mortos e dezenas de feridos, mas discordaram sobre as medidas que devem ser tomadas para evitar novos ataques terroristas.

A ex-secretária de Estado Hillary Clinton, favorita para ser a candidata democrata nas eleições de 8 de novembro, disse que os atentados mostram porque a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) é "indispensável" para proteger os EUA e seus aliados.

Em entrevista à emissora "ABC", Hillary rejeitou a proposta feita na segunda-feira por Donald Trump, líder na corrida republicana à Casa Branca. O magnata quer diminuir de maneira significativa a participação dos EUA na Otan devido ao seu alto custo.

A ex-primeira-dama pediu um reforço na cooperação de inteligência entre os EUA e a União Europeia (UE). E, além disso, exigiu uma avaliação do "que funciona ou não" para buscar novas soluções.

"Os ataques de hoje só reforçam nossa vontade para nos mantermos unidos como aliados e vencer o terrorismo e o jihadismo radical no mundo todo", afirmou Hillary posteriormente, em comunicado.

Trump protesta

Trump, uma das primeiras vozes a se pronunciar nos EUA sobre os atentados em Bruxelas, usou termos bem diferentes da rival para comentar os ataques em várias entrevistas e pelo Twitter.

"Se eu for presidente, vamos ser muito duros, fortes e atentos. Não deixaremos que isso ocorra em nosso país. E, caso ocorra, encontraremos os terroristas e os faremos sofrer muito", afirmou o empresário à emissora "NBC".

Trump também voltou a defender uma de suas propostas mais polêmicas: submeter os terroristas detidos a tortura por afogamento simulado para "extrair todas as informações" o mais rápido possível.

"Nós trabalhamos com leis e eles (os terroristas), não. Se eu pudesse ampliar as leis, faria mais do que afogamento simulado", afirmou o líder entre os pré-candidatos republicanos.

O empresário prometeu, além disso, ser "muito duro com as fronteiras" e disse, caso eleito, "não permitir que ninguém entre nos EUA sem a documentação adequada".

Seu principal rival na corrida pela indicação do partido, Ted Cruz, senador pelo Texas, fez duras críticas ao presidente dos EUA, Barack Obama, que, "durante sete anos se negou a reconhecer a realidade da ameaça terrorista".

"Nunca poderemos derrotar esse mal se nos negarmos, inclusive, a chamá-lo pelo nome. Isso termina no dia 20 de janeiro de 2017, quando eu assumir como presidente. Chamaremos nosso inimigo por seu nome, terrorismo radical islâmico, e o derrotaremos", afirmou Cruz.

Em um tom mais conciliador, o terceiro republicano na disputa, o governador de Ohio, John Kasich, pediu para que os "esforços sejam redobrados" junto aos aliados dos EUA para "identificar, erradicar e destruir os responsáveis por esses atos malvados".

"Esse ataque mostra que precisamos alguém à frente do país que não vai precisar de um período de treinamento", destacou o governador em entrevista à emissora "MSNBC".

Já o pré-candidato democrata Bernie Sanders, senador por Vermont e único rival de Hillary na briga pela indicação do partido, afirmou que o ataque é "uma brutal lembrança de que a comunidade internacional tem que estar unida para destruir" o Estado Islâmico.

"Não podemos permitir que esse tipo de barbárie continue", disse Sanders à emissora "ABC", aproveitando para expressar condolências às famílias das vítimas de "outra tentativa covarde de aterrorizar civis inocentes".

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