Reservatório

Apesar das chuvas, nível do Batatã ainda está abaixo do esperado

Desde o mês de dezembro do ano passado, volume de água no reservatório aumentou, mas ele ainda opera abaixo da sua capacidade

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49

Três pessoas estavam às mar­gens do Reservatório do Batatã, na manhã de ontem, jogando redes de pesca na água, na esperança de conseguir algum alimento. A atual capacidade do reservatório voltou a proporcionar a realização dessa atividade. Contudo, mesmo com as chuvas, o nível do Batatã ainda está abaixo do ideal.

Quando O Estado esteve no lo­cal em dezembro do ano passado, constatou que o reservatório havia chegado ao seu nível mais crítico em anos, operando com menos de 5% da capacidade normal.
Na ocasião, a quantidade de água estava tão abaixo daquela que é registrada habitualmente que sequer alcançava a régua que mede o nível de água do reservatório. Ainda em dezembro, outros sinais da seca eram visíveis, como bancos de areia emergindo no meio da represa, cercado por porções rasas de água, e o chão rachado por cau­sa da alta temperatura.

Passados três meses, na manhã de ontem O Estado voltou ao local e constatou que a água ainda não alcança a régua que mede o nível do líquido no reservatório. Porém, ela está acima daquele registrado em dezembro, o que levou os pescadores às margens do reservatório. Apesar disso, ele estava operan­do bem abaixo da sua capacidade normal.

Chuvas
O aumento do volume de água do Reservatório do Batatã de dezembro até hoje foi causado pelas chuvas que atingiram a Região Metropolitana de São Luís. Apesar do volume de chuvas estar abaixo do esperado, elas foram responsáveis por elevar o nível de água na represa. É importante destacar que há vários anos o Batatã não atinge um volume satisfatório.

De acordo com o núcleo de meteorologia da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), em fevereiro teve início a estação chu­vosa na capital maranhense e ela vai se estender até maio.
Ainda conforme o núcleo, até a semana passada haviam sido registrados 167,1 milímetros de chu­va neste mês de março, quando o esperado são 428 milímetros. Já em fevereiro, foram 229 milímetros de 373 e, em janeiro, 106,8 de 244,2. Ou seja, nos dois primeiros meses do ano, choveu 56% e 38% abaixo do esperado.

A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) informou que, apesar das chuvas na região, o nível de água do Reservatório do Batatã ainda não é satisfatório para a melhora do abastecimento de água. Ela informou também que, com a conclusão das obras do Sistema Italuís, o aumento de vazão será maior, resultando, consequentemente, em melhores condições de abastecimento para a população.

SAIBA MAIS
Desmatamento

Além do pouco volume de chuvas, a ocupação irregular dos arredores da reserva, o desmatamento da mata ciliar, somados à crescente demanda de água em São Luís, também estão causando a diminuição de água no Reservatório do Batatã. Desde o ano de 2008, ele não atinge o nível máximo de sua reserva.
Como consequência da quase seca do reservatório, tem-se o agravamento dos problemas no abastecimento de água em bairros de São Luís, principalmente aqueles localizados na região central da cidade.

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