Alerta

Ferrugem da soja também ataca lavouras em Riachão e Tasso Fragoso

Dois novos casos da doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhiz registrados nesses municípios se somam aos três verificados em Balsas, todos no sul do Maranhão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50
Folha de soja atacada pela ferrugem asiática, doença que tem causado prejuízos aos produtores
Folha de soja atacada pela ferrugem asiática, doença que tem causado prejuízos aos produtores (ferrugem)

SÃO LUÍS - Dois novos casos de ferrugem asiática foram registrados em lavouras de soja no sul do Maranhão, afetando plantações nos municípios de Tasso Fragoso e Riachão. A informação é do Consórcio Antiferrugem, parceria público-privada que monitora e atua no combate à doença que é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhiz. Agora são cinco o total de casos no estado.

Os focos da ferrugem foram confirmados este mês pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Soja e cujo ataque ocorreu em lavouras comerciais que foram plantadas em novembro do ano passado e se encontram na fase enchimento de grãos.

Em fevereiro, de acordo com informações do Consórcio Antiferrugem, o laboratório do Instituto Federal do Rio Grande do Sul confirmou três casos da doença em Balsas, também em lavouras comerciais.

Esses cinco casos confirmados até agora se igualam ao total registrado na safra passada, com ocorrências verificadas também em Balsas, Riachão e Tasso Fragoso, além de Sambaíba e São Raimundo das Mangabeiras.

A ferrugem asiática foi verificada pela primeira vez nas lavouras de soja no Maranhão na safra 2004/2005, com o surgimento de três casos, justamente em Balsas, Tasso Fragoso e Riachão. A maior incidência, no entanto, ocorreu na safra 2006\2007, com um total de 172 casos, causando prejuízos aos produtores.

De acordo com estudos, as perdas registradas devido à ferrugem asiática podem atingir níveis elevados, entre 30 a 90%, em função do estádio (é com d mesmo) em que afeta as plantas e do nível de severidade, o qual está relacionado principalmente à suscetibilidade da cultivar e das condições climáticas.

A severidade da doença está em função das variações nas condições do ambiente, de ano para ano, estação para estação e de local para local. A concentração inicial de inóculo não reflete na severidade da doença. Cultivares resistentes ou tolerantes sofrem quedas de produção bem menores do que as suscetíveis, porém a resistência genética pode ser perdida com o tempo. Além disto, as cultivares resistentes não são necessariamente as mais produtivas.

Surgimento da doença

A ferrugem asiática foi relatada pela primeira vez no Japão, em 1903. Posteriormente foi constatada em outros países da Ásia e na Austrália em 1934, na Índia em 1951 e no Havaí em 1994. No Continente Africano, foi detectada a partir de 1996, atingindo a Zâmbia e o Zimbábue em 1998, a Nigéria em 1999, Moçambique em 2000 e a África do Sul em 2001.

Na América do Sul surgiu em 2001, infectando campos no Paraguai, e, em 2002, na Argentina. Em novembro de 2004, a ferrugem asiática foi encontrada infectando campos de soja nos Estados Unidos, o último grande país produtor de soja onde ainda não havia sido encontrada a doença. No Brasil, a doença foi encontrada no final da safra de 2000/2001, no estado do Paraná.

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