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Primeiro grupo de aviões russos atuando na Síria volta para casa

Putin anunciou o fim da mobilização de militares russos no país; a medida, segundo o Kremlin, foi acordada com o presidente sírio, Bashar al-Assad; a guerra civil na Síria, que foi iniciada em setembro de 2015, completou cinco anos ontem

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50
Vladimir Putin anunciou o fim da mobilização de militares russos na Síria
Vladimir Putin anunciou o fim da mobilização de militares russos na Síria (Presidente russo, Vladimir Putin, em reunião com o ministro de relações exteriores, Sergei Lavrov)

Moscou - Um primeiro grupo de aviões de transporte e de bombardeios decolou rumo à Rússia cumprindo com a ordem do presidente russo, Vladimir Putin, de retirar a maior parte do contingente militar russo da Síria, anunciou o ministério da Defesa. A guerra civil na Síria completa cinco anos ontem.

"O primeiro grupo de aviões russos decolou da base aérea de Hmeimin em direção a sua base de operações na Rússia", informou um comunicado do ministério da Defesa, de acordo com a France Presse. Este grupo inclui aviões de transporte T-154 e bombardeiros Su-34.

Na segunda-feira,14,, Putin anunciou o fim da mobilização de militares russos na Síria que havia começado em 30 de setembro. A medida, segundo o Kremlin, foi acordada com o presidente sírio, Bashar al-Assad.

"A tarefa que encomendei ao ministério da Defesa e às forças armadas foi cumprida e, portanto, ordenei o ministério da Defesa que a partir de amanhã comece a retirada da maior parte dos contingentes militares da República Árabe da Síria", declarou Putin.

Estado Islâmico
A atuação de soldados russos na Síria foi autorizada pelo parlamento em setembro de 2015. De acordo com governo Putin, o objetivo das tropas russas era ajudar o governo sírio a combater militantes do Estado Islâmico (EI). No entanto, militantes que atuam contra o governo Assad também se queixavam de ser alvo de ataques russos.

A Rússia também enfrentou fortes críticas de ONGs e países ocidentais de que seus bombardeios teriam atingido civis, o que o país sempre negou.

Enquanto o governo russo se tornou o principal aliado de Bashar al-Assad, as forças ocidentais dão suporte a grupos de rebeldes locais, que são contrários a Assad.

Negociações indiretas
O governo sírio e a oposição retomaram na segunda-feira negociações indiretas em Genebra para tentar acabar com a guerra civil que arrasa o país, embora as divergências permaneçam enormes. (veja no vídeo abaixo)

Esta nova fase de discussões começa em um ambiente radicalmente diferente do anterior, no final de janeiro, quando a ONU não conseguiu sequer iniciar as negociações.

Uma trégua, patrocinada pelos Estados Unidos e a Rússia, que entrou em vigor em 27 de fevereiro entre o regime e os rebeldes "moderados" na Síria, tem se mantido, apesar de algumas violações. Isto permitiu que a ONU fornecesse ajuda humanitária a cerca de 250 mil pessoas sitiadas em diferentes áreas do país.

A Rússia, cuja intervenção militar na Síria permitiu ao regime recuperar terreno, insistiu na necessidade de incluir nas negociações de paz os curdos, de modo que não haja nenhuma divisão de fato do território sírio.

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