Custo de vida

Cesta básica fica 1,17% mais cara em fevereiro em São Luís; banana foi a vilã

Gasto de R$ 355,29 com alimentos comprometeu 43,88% do salário do trabalhador ludovicense no mês passado, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50
Produtos da cesta básica comprometeram 43,8% do salário mínimo do trabalhador em São Luís
Produtos da cesta básica comprometeram 43,8% do salário mínimo do trabalhador em São Luís (cesta básica)

SÃO LUÍS - O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontou que, em fevereiro, a cesta básica em São Luís, composta de 12 itens, custou R$ 355,29, correspondendo a um aumento de 1,17%. Diante dessa elevação de preço dos alimentos, o trabalhador remunerado pelo piso nacional (R$ 880,00) comprometeu, mês passado, 43,88% dos seus vencimentos.

Com exceção do tomate (-5,41%) e o pão francês (-1,80%), todos os demais itens da cesta básica sofreram aumento de preço. Destaque para a banana (12,33%) que registrou a maior elevação na capital maranhense. Segundo o Dieese, as fortes chuvas nas principais regiões produtoras da fruta acabaram prejudicando a produção, bem como o bloqueio em estradas importantes para o transporte da banana. “Diante deste cenário, a oferta da banana prata e nanica foi reduzida e os preços aumentaram bastante”, diz o Dieese.

Outro produto que teve alta significativa foi o açúcar (8,36%), motivada por fatores climáticos desfavoráveis na Região Nordeste (Alagoas e Pernambuco), destinação de parte da colheita da cana para o setor alcooleiro e a priorização das usinas pela entrega de contratos, o que reduziu a oferta.

Já o preço do óleo de cozinha teve aumento de (5,93%), segundo o Dieese impactado pelas cotações da commodity soja. A valorização do dólar frente ao real tem estimulado as exportações, o que, consequentemente, diminuiu a oferta do produto internamente.

A farinha de mandioca teve seu preço majorado (5,77%) devido a menor oferta da raiz. A baixa disponibilidade do produto ocorreu devido ao recuo de parte dos agricultores na expectativa de preços mais altos e ao clima desfavorável à colheita.

Outro fator que pesou foram as condições climáticas – chuvas intensas, estiagem, temperaturas elevadas – adversas para algumas culturas, como no caso: feijão (4,65%), arroz (3,31%), leite e derivados (1,20%), que acabaram por influenciara o comportamento dos preços no mês de fevereiro, o que impactou no custo total da cesta.

Jornada de trabalho

Em fevereiro, o tempo médio necessário para o trabalhador adquirir os produtos da cesta básica foi de 88 horas e 49 minutos, ligeiramente superior à jornada calculada para janeiro, de 87 horas e 47 minutos.

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