SÃO LUÍS - Em tempos em que o Governo Federal convoca toda a sociedade para o combate ao Aedes aegypti, órgãos federais em São Luís caminham no sentido contrário. No estacionamento da Superintendência Estadual da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), na capital, no bairro Jordoa, dezenas de caminhonetes, fora de uso, estão acumulando água da chuva, ambiente favorável à criação de mosquitos.
A Fundação Nacional de Saúde, órgão executivo do Ministério da Saúde, é uma das instituições do Governo Federal responsáveis por promover a inclusão social por meio de ações de saneamento para prevenção e controle de doenças. É também a instituição responsável por formular e implementar ações de promoção e proteção à saúde.
As ações de inclusão social, por meio da saúde, são realizadas com a prevenção e controle de doenças e agravos ocasionados pela falta ou inadequação nas condições de saneamento básico em áreas de interesse especial, como assentamentos, remanescentes de quilombos e reservas extrativistas.
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Mas de certa - e até mesmo irônica - forma, as dependências da superintendência do órgão no Maranhão podem estar colaborando para a proliferação de mosquitos Aedes aegypti. No estacionamento do prédio, há dezenas de veículos oficiais acumulando água de chuva nas carrocerias, que estão descobertas.
Em condições ambientais favoráveis como essas, após a eclosão do ovo o desenvolvimento do mosquito até a forma adulta pode levar um período de apenas 10 dias. Por isso a necessidade urgente de intervenções no local.
Imóveis
Além desse caso, há ainda o desafio dos imóveis abandonados na cidade. No bairro Monte Castelo, os moradores reclamam que o antigo Cine Monte Castelo tem grandes chances de ser um ponto de proliferação do mosquito que transmite a dengue, zika e chikungunya. O prédio está abandonado há anos e serve hoje de abrigo para moradores de rua.
No mesmo bairro, há ainda outros imóveis que preocupam os moradores da região. Em um deles, localizado na Rua Manoel Beckman, há uma cisterna sem tampa. Preocupados com as consequências disso, os próprios moradores retiraram a água que estava acumulada no reservatório.
Apesar dos cuidados que têm, eles dizem temer o mosquito em locais aos quais não têm acesso, como o antigo cinema. “A gente não pode limpar a nossa casa e o vizinho não limpar a dele. Não adianta nada. As pessoas precisam se conscientizar desse risco”, disse Marcos Daniel Mendes Barbosa.
O Estado solicitou informações da Funasa, mas não obteve retorno até o fechamento da edição impressa.
SAIBA MAIS
Ciclo de vida do Aedes
O ciclo do Aedes aegypti é composto por quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto. As larvas se desenvolvem em água parada, limpa ou suja. Na fase do acasalamento, em que as fêmeas precisam de sangue para garantir o desenvolvimento dos ovos, ocorre a transmissão das doenças.
Criadouros do Aedes aegypti
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