Combate ao mosquito

Ação contra o Aedes é realizada no Centro Histórico

Em algumas horas de inspeção, 17 focos do mosquito foram localizados, dois na Câmara Municipal, número que preocupa a Secretaria de Saúde

Daniel Moraes / Do Imirante

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50
Homens do Exército colocam larvicida em cisterna em uma escola de samba na área do Desterro
Homens do Exército colocam larvicida em cisterna em uma escola de samba na área do Desterro (Aedes)

Prédios públicos e logradouros do Centro Histórico de São Luís foram alvo de ação de combate ao mosquito Aedes aegypti na ma­nhã de sexta-feira (11). Realizada em parceria pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) e o 24º Batalhão de Infantaria Leve (BIL), a ação teve como objetivo identificar e eliminar focos do mosquito, além de informar a população sobre as formas de combate. Também foi realizada em prédios abandonados.

De acordo com a coordenadora estadual do Programa de Combate ao Aedes aegypti, Joseneide Matos, 30 pessoas - divididas em cinco equipes - percorreram pontos estratégicos do Centro Histórico inspecionando os logradouros. Em poucas horas, foram encontrados 17 focos do mosquito – dois deles no prédio da Câmara Municipal.

O número preocupa. Segundo o técnico da SES, Angelo Abenan­te, cada foco pode ser responsável pela reprodução de centenas, até milhares de mosquitos. “Cada fêmea do Aedes pode depositar cerca de 200 ovos por vez. Então, se o ambiente não for inspeciona­do com alguma periodicidade, é quase certo que haverá grande reprodução do mosquito”, explicou Abenante.

Educação
Na Praça Nauro Machado, a SES instalou uma tenda de informações. Estudantes, moradores da região e visitantes puderam conhecer o ciclo de reprodução do mosquito e as formas de combatê-lo. Para Joseneide Matos, a conscientização da população é um dos pontos principais para combater o mosquito. Isso porque, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 80% dos focos do Aedes estão dentro ou ao redor das casas.

“É muito importante que a população conheça as formas de combater o mosquito, principalmente nesse período de chuva. É preciso que todos façam a sua parte, procurando e eliminando os possíveis focos do mosquito em suas casas. Qualquer lugar onde haja água acumulada é um ambiente perfeito para a reprodução do mosquito - até mesmo uma casca de ovo quebrada ou uma tampinha de garrafa. Então, é de suma importância que todos saibam da importância de combatê-lo”, afirmou Joseneide Matos.

A coordenadora ainda afirmou que a SES realiza ações de combate ao mosquito há cerca de três semanas e que novas ações como a de sexta-feira voltarão a ser realizadas. “Não temos previsão para acabar com as ações. Vamos continuar enquanto for necessário”, finalizou.

SAIBA MAIS

Ciclo do mosquito (fonte: dengue.org)

O ciclo do Aedes aegypti é composto por quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto. As larvas se desenvolvem em água parada, limpa ou suja. Na fase do acasalamento, em que as fêmeas precisam de sangue para garantir o desenvolvimento dos ovos, ocorre a transmissão da doença.O seu controle é difícil, por ser muito versátil na escolha dos criadouros onde deposita seus ovos, que são extremamente resistentes, podendo sobreviver vários meses até que a chegada de água propicia a incubação. Uma vez imersos, os ovos desenvolvem-se rapidamente em larvas, que dão origem às pupas, das quais surge o adulto.

Modo de transmissão da doença

A fêmea pica a pessoa infectada, mantém o vírus na saliva e o retransmite. A transmissão ocorre pelo ciclo homem-Aedes aegypti-homem. Após a ingestão de sangue infectado pelo inseto fêmea, transcorre na fêmea um período de incubação. Após esse período, o mosquito torna-se apto a transmitir o vírus e assim permanece durante toda a vida. Não há transmissão pelo contato de um doente ou suas secreções com uma pessoa sadia, nem fontes de água ou alimento.

Contatos úteis
Para denunciar focos do mosquito em áreas residenciais: 98411 2086 e 84117085 (WhatsApp).
Para solicitar limpeza pública: 0800 0981636

Cinco formas de combater o mosquito(fonte: criasaude.com.br)

1. Evite o acúmulo de água - A água da chuva pode se acumular em garrafas, pneus, ou qualquer outro reservatório. Após os períodos de chuva, verifique se não ficou água acumulada em algum local.

2. Ponha areia nos vasos das plantas - Em vez de usar água para as plantas, use areia ou pó de café nos pires dos vasos e, então, coloque água. A água contida é suficiente para manter as plantas vivas, mas sem ser um ponto de depósito dos ovos do mosquito.

3. Faça furos nos pneus velhos - Os furos permitem que a água acumulada escorra, não ficando parada e, assim, evitando que o mosquito se reproduza.

4. Cuidado com a caixa d’água - A caixa d’água é um excelente reservatório para os ovos do Aedes. Mantenha-a sempre fechada e a limpe frequentemente com produtos especializados para a limpeza de caixas. Isso também vale para poços, cisternas e caçambas que acumulam água.

5. Preste atenção ao lixo - Muitas pessoas pensam que os lixos, por acumularem água suja, não podem virar criadouros do mosquito. Mas a verdade é que se há água acumulada, há a possibilidade de reprodução do Aedes. Vede os sacos de lixo e não os deixe expostos.

Combate ao aedes na Praia Grande

SES instalou uma tenda de informações, onde crianças puderam conhecer o ciclo de reprodução do mosquito e formas de combatê-lo (Foto: Biné Morais)
Prédios públicos e logradouros do Centro Histórico de São Luís foram alvo de ação de combate ao mosquito Aedes aegypti (Foto: Biné Morais)
Prédios públicos e logradouros do Centro Histórico de São Luís foram alvo de ação de combate ao mosquito Aedes aegypti (Foto: Biné Morais)
Prédios públicos e logradouros do Centro Histórico de São Luís foram alvo de ação de combate ao mosquito Aedes aegypti  (Foto: Biné Morais)
Prédios públicos e logradouros do Centro Histórico de São Luís foram alvo de ação de combate ao mosquito Aedes aegypti (Foto: Biné Morais)
SES instalou uma tenda de informações, onde crianças puderam conhecer o ciclo de reprodução do mosquito e formas de combatê-lo (Foto: Biné Morais)

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